Manchetes do dia

Domingo 26 / 06 / 2016

O Globo
"Lava-Jato investiga empresas usadas para burlar controle"

TCU quer fiscalizar sociedades criadas por sistema Eletrobras e empreiteiras

Falta de regras e transparência é a tônica na relação com SPEs, conclui tribunal. Compra suspeita em Furnas é investigada no Supremo

A Lava-Jato investiga a crescente participação do setor elétrico em empresas que, sem controle e transparência, como constatou o TCU, recebem bilhões em recursos públicos, envolvendo empreiteiras condenadas pelos desvios na Petrobras, conta ALESSANDRA DUARTE. O sistema Eletrobras já participa de 179 das chamadas Sociedades de Propósito Específico (SPEs). Só em Furnas, elas movimentaram R$ 21,9 bilhões desde 2011 e há ao menos um caso nebuloso, alvo de inquérito no STF dentro da Lava-Jato: a recusa de Furnas a comprar ações de uma SPE por R$ 7 milhões para, meses depois, adquiri- la por R$ 80 milhões, numa transação só possível com mudança na lei patrocinada por Eduardo Cunha. 

Folha de S.Paulo
"Sócio da OAS relata propina a tesoureiro informal de Aécio"

Léo Pinheiro diz ter pago R$ 3 mi por obra do centro administrativo de MG; tucano nega acusação

O empreiteiro Léo Pinheiro, sócio e ex-presidente da OAS, vai relatar à Lava Jato que pagou R$ 3 milhões em propina a um dos principais auxiliares do então governador Aécio Neves (PSDB-MG), informam Mario Cesar Carvalho e Bela Megale. Pinheiro negocia delação premiada e diz ter provas dos repasses durante a construção da Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. Trata-se da maior obra das gestões de Aécio, entre 2002 e 2010. Estimado em R$ 500 milhões, o custo do centro projetado por Oscar Niemeyer atingiu R$ 1,26 bilhão. Léo Pinheiro diz ter pago 3% sobre o valor de seu contrato ( R$ 102,1 milhões) a Oswaldo Borges da Costa Filho, tido por tucanos e opositores como tesoureiro informal das campanhas eleitorais de Aécio Neves de 2002 a 2014. O auxiliar é casado com uma filha do padrasto do senador tucano e foi indicado pelo político para a empresa pública que cuidou da licitação e da obra do centro administrativo. Ele não foi localizado pela reportagem. Aécio Neves disse considerar “falsas e absurdas” as declarações de Léo Pinheiro. Afirmou ainda que a obra foi conduzida em seu governo com transparência.   
 
O Estado de S.Paulo
"Vaccari e Dirceu querem que PT assuma culpa por desvios"

Ação da PF reforça argumento para que partido reconheça sua responsabilidade em esquema na Petrobrás

Os três petistas presos pela Operação Lava Jato, João Vaccari Neto, José Dirceu e André Vargas, querem que o partido assuma a responsabilidade pelos desvios na Petrobrás. O argumento de Vaccari, ex-tesoureiro do PT, é que as fraudes teriam sido feitas em nome da legenda, e não por iniciativa pessoal. Em conversas com parlamentares petistas que foram visitá-lo na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, ele se queixou de ter sido abandonado e argumentou que o alvo da Lava Jato não é ele, mas o partido, informa Ricardo Galhardo. Com a ocupação da sede do PT na quinta-feira pela PF, sua posição ganhou força dentro do partido e dirigentes passaram a defender que a proposta seja avaliada na reunião do diretório nacional, nos dias 19 e 20 de julho. De acordo com integrantes da cúpula do PT, Dirceu e Vargas também enviaram sinais no mesmo sentido.           
           

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