Manchetes do dia

Quarta-feira 4 / 03 / 2015

O Globo
"Investigação agrava crise"

Renan e Cunha na lista de 54 nomes da Lava-Jato
Renan devolve MP e Dilma envia projeto
PMDB se alia à oposição e isola Dilma

Avisados de que constam da lista de políticos envolvidos na Operação Lava-Jato enviada ao STF, os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, reagiram retaliando o governo Dilma e acirrando a crise entre seu partido, o PMDB, e o Palácio do Planalto . Renan devolveu ao governo a medida provisória que anula os efeitos da desoneração da folha de pagamento das empresas, um dos pilares do ajuste fiscal de Dilma, e disse ter se arrependido de não ter feito o mesmo com outros projetos. Imediatamente, a presidente enviou um projeto de lei com o mesmo conteúdo ao Congresso, com urgência constitucional de 90 dias. Cunha disse ter sido vítima de “alopragem”, em referência a petistas envolvidos no escândalo dos aloprados, em 2006. Na noite de ontem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF 28 pedidos de abertura de inquérito contra 54 suspeitos de participar dos desvios na Petrobras. No grupo há políticos com foro especial, mas também pessoas que não ocupam cargos públicos. Janot pediu o arquivamento de sete petições por falta de provas suficientes para abertura de investigação. Por enquanto, todos os procedimentos estão em segredo. Em Curitiba, dois executivos da Camargo Corrêa que fecharam acordo de delação premiada se comprometeram a detalhar fraudes em contratos de Belo Monte e Angra 3.

Folha de S.Paulo
"Alvo da Lava Jato, Renan retalia e derrota governo no ajuste fiscal"

Senador rejeita medida que elevaria tributo de empresa; pedido de investigação inclui Cunha, presidente da Câmara

Incluído na lista de políticos que podem ser investi gados por suposto envolvimento com a Lava Jato, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), retaliou o governo Dilma ao devolver uma medida provisória que faz parte do ajuste fiscal. O aumento da tributação de empresas tramitará agora como um projeto de lei prioritário. Se antes a mudança passaria a valer 90 dias após a publicação da medida provisória, agora precisará respeitar a noventena após a aprovação no Congresso, caso ela ocorra. Esse foi o primeiro efeito político da lista enviada pela Procuradoria-Geral ao Supremo com 54 nomes, políticos incluídos. Investigadores pedem autorização para apurar a suposta ligação dos suspeitos listados com a corrupção na Petrobras. Aliados atribuem ao governo influência sobre o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para enfraquecer o duplo comando do PMDB no Congresso —com Renan no Senado e Eduardo Cunha (RJ) na presidência da Câmara. Após retaliar o governo, Renan foi aplaudido no plenário pela oposição.

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