Manchetes do dia

Quarta-feira, 03 / 12 / 2014

O Globo
"Costa revela que delatou 35 políticos"

Há corrupção 'no Brasil inteiro', afirma ex-diretor
Delator alega que estava 'enojado'
Pasadena foi decisão do Conselho da estatal

Em acareação com o também ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa disse ontem na CPI Mista que mencionou o nome de "algumas dezenas" de políticos em seus depoimentos na delação premiada, que estão sob sigilo. Logo depois, em conversa com o deputado Enio Bacci (PDT-RS), ele informou que são 35 políticos envolvidos no esquema investigado pela Lava-Jato. Costa afirmou ainda que a corrupção descoberta na estatal ocorre no "Brasil inteiro", atingindo obras de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrelétricas. O ex-diretor reafirmou todas as denúncias que fez à justiça e, por duas vezes, se disse enojado com a corrupção na estatal. Ele usou esse termo pela primeira vez ao se referir ao fato de ter enviado, em setembro de 2009, um e-mail "diretamente para a ministra da Casa Civil na época", a hoje presidente Dilma, em que relatava problemas na estatal apontados pelo TCU. Já Cerveró manteve a estratégia de negar envolvimento no esquema e disse desconhecer corrupção na empresa. Os dois concordaram num ponto: a compra da refinaria de Pasadena, que deu prejuízo à estatal, é da responsabilidade do Conselho da Petrobras, na época presidido por Dilma.

Folha de S.Paulo
"Entreguei ‘dezenas’ de políticos, afirma delator"

No Congresso, ex-diretor da Petrobras diz que corrupção ocorre ‘no país inteiro’

Em acareação na CPI da Petrobras, o delator Paulo Roberto Costa disse a deputados e senadores que entregou “algumas dezenas” de políticos nos depoimentos sigilosos da Operação Lava Jato, que investiga a Petrobras. Ele foi solto após acordo de delação com a Justiça. Segundo o ex-diretor da estatal, a corrupção se espalha pelo país. “O que ocorre na Petrobras acontece no país inteiro: portos, aeroportos, hidrelétricas, ferrovias e rodovias. É só pesquisar.” Costa afirmou que chegou a ficar “enojado” com o que ocorria na empresa. “Todos os diretores da Petrobras e de outras [estatais], sem apoio político, não chegavam a diretor. Infelizmente, aceitei. Se pudesse, não faria isso. Esse cargo me deixou onde estou hoje.” O delator afirmou que não falaria mais devido ao acordo com a Justiça. Na acareação, o ex-diretor de assuntos internacionais Nestor Cerveró voltou a declarar que nada sabia sobre cartel, existência de superfaturamento ou pagamento de propinas. 

Twitter  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu