Pensata
A sociedade e a lei: questão de reflexão
Lourdes Moreira
O ser humano criou a lei para que a mesma o direcionasse a um rumo. Um norte. Ele a criou porque a civilização humana necessitava falar uma mesma linguagem ou, então, ainda hoje, falaríamos a língua de nossos ancestrais que deixavam nos hieróglifos as marcas da humanidade.
O tempo passou e o próprio homem que definiu as leis procura a todo custo burlá-las seja através da corrupção, tão latente no sangue demoníaco da grande maioria de nossos governantes ao longo dos tempos ou, da transgressão de regras sociais necessárias ao bom convívio humano.
Há, em nosso país, leis que são legais, mas, imorais. Há regras que são suportavelmente, dependendo do contexto, morais, mas insuportavelmente indigestas quando atinge, principalmente, o “bolso” de nosso tão criativo povo brasileiro.
Nos Estados Unidos da América foi, há longos anos, criada a lei da Cidade limpa.Todo e qualquer cidadão que fosse pego jogando lixo nas ruas era multado. À noite, nos cinemas americanos, após as sessões, o lixo lá encontrado era de estarrecer todo ou qualquer cidadão daquele país. Ou seja, quando estou sendo observado e , portanto, cobrado, cumpro a lei mas, se, no escurinho do cinema…
Toda esta explanação é para que possamos fazer uma breve reflexão sobre o quanto a lei que sentimos nos imposta é, para nós, necessária ao bom convívio humano.
Como educadora, ao longo de tão longos anos, vivenciei programas e projetos educacionais que deram certo por ter havido das autoridades governamentais e da sociedade civil cobranças à própria sociedade que, se não cumpridas seriam regiamente cobradas no bolso do destrator.
Em relação ao trânsito, nosso país tem visto, estarrecido, notícias tão alarmantes que nos levam a indagar quantas vidas tem sido ceifadas da sociedade por falta de cobranças sérias e de efetivo “doer no bolso”.
No ano de 2.008 a Lei Seca foi criada com o intuito de diminuir os acidentes causados por alta dose alcoólica pelo motorista do veículo, mas, um ano depois, pesquisas comprovaram que o número de acidentes causado pelos condutores aumentou. Ou seja, a aplicabilidade da lei não “doía no bolso”. O condutor, ainda hoje, conta com a chance de não ser pego. Tipo roleta russa… Mas, se o for, pode negar-se ao teste do bafômetro…
Na semana de 18 à 25/09 repensamos as atitudes no trânsito de nosso país através da Semana Nocional do Trânsito. O dia 25/07 foi dedicado ao Dia Nacional do Motorista e o dia 27/07 dedicado ao Dia Nacional do Motociclista.
A escola E. M. Profª Altimira Silva Abirached, no bairro do Itaguá em Ubatuba, onde leciono, teve o privilégio de receber profissionais da Guarda Municipal e Secretaria de Trânsito para palestras, vídeos e brincadeiras educativas focados na questão do trânsito.
As crianças que sabiam que haveria uma palestra mas não seu teor, perguntavam-se, ao verem a viatura da Guarda Municipal, se haveria algum ladrão na escola tal a criatividade dos mesmos. A imaginação dos pequenos “viajou” até saberem que se tratava de educação no trânsito.
Os profissionais destacados para a palestra, vídeo e parte lúdica desempenharam seu papel com maestria. Fiquei extremamente feliz ao ver Adriano, um eterno ex-aluno do ensino infantil ,como um dos organizadores do evento
Os números que nos são apresentados de morte no trânsito precisam disto: crianças educadas já no primeiro ciclo do ensino fundamental para cobrarem de seus pais e familiares maior responsabilidade quando responsáveis por máquinas que se mal dirigidas matam sim.
A palestra versou desde o carro à moto; da bicicleta ao pedestre e também à faixa de pedestre.
Nossas crianças, olhares atentos, ouviram a todos com muita educação e civilidade.
Nosso país necessita de educação direcionada a jovens e crianças que ainda não foram maculados pelo princípio da maracutaia e da falta de respeito pelo direito do outro. De que faixa de pedestre deve ser respeitada porque no trânsito há um princípio fundamental: primeiro o pedestre, depois a bicicleta, a moto e só após esta hierarquia, os automóveis.
Quero crer que a palestra tenha deixado em nossos pequenos pupilos a noção primordial ao convívio humano: o respeito às leis e ao direito de todo e qualquer cidadão. Dos que respeitam a lei e não dos defensores da “Lei de Gerson” que se tem pra mim, não tem pra ninguém.
A E.M. “Profª Altimira Silva Abirached” através da diretora Telma , da coordenadora Patrícia e de todos os professores agradece a todos os profissionais que lá estiveram proporcionando aos alunos momentos de reflexão através da ludicidade responsável.
Lourdes Moreira é professora municipalizada da Rede Estadual de Educação
Twitter
Lourdes Moreira
O ser humano criou a lei para que a mesma o direcionasse a um rumo. Um norte. Ele a criou porque a civilização humana necessitava falar uma mesma linguagem ou, então, ainda hoje, falaríamos a língua de nossos ancestrais que deixavam nos hieróglifos as marcas da humanidade.
O tempo passou e o próprio homem que definiu as leis procura a todo custo burlá-las seja através da corrupção, tão latente no sangue demoníaco da grande maioria de nossos governantes ao longo dos tempos ou, da transgressão de regras sociais necessárias ao bom convívio humano.
Há, em nosso país, leis que são legais, mas, imorais. Há regras que são suportavelmente, dependendo do contexto, morais, mas insuportavelmente indigestas quando atinge, principalmente, o “bolso” de nosso tão criativo povo brasileiro.
Nos Estados Unidos da América foi, há longos anos, criada a lei da Cidade limpa.Todo e qualquer cidadão que fosse pego jogando lixo nas ruas era multado. À noite, nos cinemas americanos, após as sessões, o lixo lá encontrado era de estarrecer todo ou qualquer cidadão daquele país. Ou seja, quando estou sendo observado e , portanto, cobrado, cumpro a lei mas, se, no escurinho do cinema…
Toda esta explanação é para que possamos fazer uma breve reflexão sobre o quanto a lei que sentimos nos imposta é, para nós, necessária ao bom convívio humano.
Como educadora, ao longo de tão longos anos, vivenciei programas e projetos educacionais que deram certo por ter havido das autoridades governamentais e da sociedade civil cobranças à própria sociedade que, se não cumpridas seriam regiamente cobradas no bolso do destrator.
Em relação ao trânsito, nosso país tem visto, estarrecido, notícias tão alarmantes que nos levam a indagar quantas vidas tem sido ceifadas da sociedade por falta de cobranças sérias e de efetivo “doer no bolso”.
No ano de 2.008 a Lei Seca foi criada com o intuito de diminuir os acidentes causados por alta dose alcoólica pelo motorista do veículo, mas, um ano depois, pesquisas comprovaram que o número de acidentes causado pelos condutores aumentou. Ou seja, a aplicabilidade da lei não “doía no bolso”. O condutor, ainda hoje, conta com a chance de não ser pego. Tipo roleta russa… Mas, se o for, pode negar-se ao teste do bafômetro…
Na semana de 18 à 25/09 repensamos as atitudes no trânsito de nosso país através da Semana Nocional do Trânsito. O dia 25/07 foi dedicado ao Dia Nacional do Motorista e o dia 27/07 dedicado ao Dia Nacional do Motociclista.
A escola E. M. Profª Altimira Silva Abirached, no bairro do Itaguá em Ubatuba, onde leciono, teve o privilégio de receber profissionais da Guarda Municipal e Secretaria de Trânsito para palestras, vídeos e brincadeiras educativas focados na questão do trânsito.
As crianças que sabiam que haveria uma palestra mas não seu teor, perguntavam-se, ao verem a viatura da Guarda Municipal, se haveria algum ladrão na escola tal a criatividade dos mesmos. A imaginação dos pequenos “viajou” até saberem que se tratava de educação no trânsito.
Os profissionais destacados para a palestra, vídeo e parte lúdica desempenharam seu papel com maestria. Fiquei extremamente feliz ao ver Adriano, um eterno ex-aluno do ensino infantil ,como um dos organizadores do evento
Os números que nos são apresentados de morte no trânsito precisam disto: crianças educadas já no primeiro ciclo do ensino fundamental para cobrarem de seus pais e familiares maior responsabilidade quando responsáveis por máquinas que se mal dirigidas matam sim.
A palestra versou desde o carro à moto; da bicicleta ao pedestre e também à faixa de pedestre.
Nossas crianças, olhares atentos, ouviram a todos com muita educação e civilidade.
Nosso país necessita de educação direcionada a jovens e crianças que ainda não foram maculados pelo princípio da maracutaia e da falta de respeito pelo direito do outro. De que faixa de pedestre deve ser respeitada porque no trânsito há um princípio fundamental: primeiro o pedestre, depois a bicicleta, a moto e só após esta hierarquia, os automóveis.
Quero crer que a palestra tenha deixado em nossos pequenos pupilos a noção primordial ao convívio humano: o respeito às leis e ao direito de todo e qualquer cidadão. Dos que respeitam a lei e não dos defensores da “Lei de Gerson” que se tem pra mim, não tem pra ninguém.
A E.M. “Profª Altimira Silva Abirached” através da diretora Telma , da coordenadora Patrícia e de todos os professores agradece a todos os profissionais que lá estiveram proporcionando aos alunos momentos de reflexão através da ludicidade responsável.
Lourdes Moreira é professora municipalizada da Rede Estadual de Educação
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