Problema de fácil solução

Moradores denunciam falta de manutenção na Unidade Básica de Saúde do Araribá

Cristiane Zarpelão
A Unidade Básica de Saúde ou Posto de Atendimento - PA do bairro Araribá foi inaugurada no dia 20 de outubro do ano passado.
A unidade, construída pela Sabara- Sociedade Amigos do Bairro do Araribá, em conjunto com a Prefeitura de Ubatuba, está em precárias condições de atendimento, segundo denúncias apresentadas por moradores da região.
Desde a inauguração bebedouros e ventiladores não foram instalados, telhados, janelas e pinturas estão sem acabamento, instalações elétricas em péssimas condições, um sanitário sem condições de uso e as portas não têm tranca.
Segundo o presidente da Sabara, Mauricio de Andrade, a entidade do bairro já está em negociação com a Prefeitura para que esta situação seja resolvida. “O que acontece é que nossa sociedade não tem mais recursos para terminar as reformas e realizar a manutenção. Estamos lutando há tempos para que o poder público arque com a despesa do aluguel. Eles se prontificaram a nos ajudar, mas ainda não foi decidido nada”, apontou o presidente.
Mauricio ressaltou que o prédio principal foi reformado pela sociedade e que está em condições de atendimento sim, mas o problema é o que falta ser terminado. “A sala de exame preventivo por exemplo, não era nem para ser usada, pois não está de acordo com as condições e normas de atendimento, mas não podemos esperar e deixar as pessoas do bairro sem esse tipo de serviço”, acrescentou.
Por outro lado, a enfermeira responsável pelo PA, disse que todos os materiais necessários para realizar o atendimento estão sempre à disposição e nunca faltam. “Remédios, vacinas, materiais para fazer curativos e os consultórios estão em ordem. Eu sinceramente nunca ouvi queixa de nenhum paciente em relação ao PA. Isso já está há tanto tempo assim que parece coisa de política. Porque só agora resolveram tocar nesse assunto?”, questionou a enfermeira.
Um morador concordou com a enfermeira e acrescentou: “O problema é que não está apresentável. Está muito feio sem manutenção. Acho que merecemos um lugar decente, só isso”, concluiu, sem dizer seu nome.
A superintendente de Avaliação e Controle da Secretaria Municipal de Saúde, Dilei Nascimento, diz que está ciente que a área física do PA é inadequada, mas frisa que a unidade funciona em uma casa alugada. “O que acontece é que o único imóvel do bairro que conseguimos para instalar o PA foi aquela casa. A casa está precisando sim de manutenção, pois é uma casa muito antiga”, afirmou.
A superintendente contou que a Prefeitura já disponibilizou materiais para realizar a pintura, mas a demora ocorre por falta de mão de obra. “As pessoas da Prefeitura que fazem esses serviços estão envolvidas com outros afazeres e ainda não conseguimos funcionários disponíveis para esse trabalho”, explicou.
“Agora, se a comunidade estiver disposta a participar e quiser começar os trabalhos, tudo bem”, acrescentou Dilei.
Em relação à higiene do local e ao manuseio dos equipamentos, ela afirmou que “tudo é extremamente limpo, claro que dentro das condições precárias da casa”, e acrescentou: “O atendimento da equipe também é maravilhoso. Acredito que dentre tantos pontos positivos esse único ponto negativo não mereça ter tanto destaque assim”, concluiu.
O PA atende cerca de 580 famílias e conta com uma equipe de 10 pessoas: São 6 agentes de saúde, 2 auxiliares de enfermagem, 1 enfermeira responsável e 1 médica clínica geral.
O atendimento ao público é realizado quatro vezes por semana das 8h00 às 16h00.

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