Quadrinhos



O Che em quadrinhos

Está chegando às livrarias ‘Che’, história em quadrinhos do sul-coreano Kim Yong-Hwe que conta a vida do médico revolucionário argentino Ernesto Guevara de la Serna. É sua primeira grande biografia quadrinizada e, lançada pela Conrad, serve de introdução ao Che mítico.
É um mangá e, como cabe, vem cercado de citações pop do tipo que atraem o jovem japonês, sul-coreano e certamente a um bocado de brasileiros. Não estranhem, pois, se na introdução estiver lá um Matrix – Yong-Hwe tenta cativar seu leitor da geração videogame.
Para o leitor brasileiro, os momentos iniciais da biografia, que retratam o período em que circulou a América do Sul de motocicleta acompanhado de seu amigo e também médico Alberto Granado serão familiares. (Este é um dos trechos liberado,
pela web, para degustação.)
Aos 37 anos, Yong-Hwe é um dos principais artistas dos quadrinistas sul-coreanos, ainda pouco conhecidos no mundo. A transliteração de seu nome, escolhida pela Conrad, é a francesa, onde o álbum se popularizou primeiro. É uma escolha curiosa por parte de seus editores europeus – Kim Jong-Hwe, ou Kim Jong-Hoi seria mais comum.
Agora neste ano que entra, faz 40 anos que Guevara foi assassinado, na selva boliviana. Sua imagem carrega uma profunda carga romântica – e estes quadrinhos a reforçam –, a do revolucionário que largou o poder para lutar contra os opressores. Será sempre impossível saber quem seria o Guevara envelhecido, se estaria no poder cubano, se teria sido exilado, se mudaria de idéia a respeito do lado que escolhera, se seria uma figura esquecida, suja de pó e mofo, no pós-comunismo.
Morreu em 1967 e lá ficou, congelado.
Mas a imagem de Guevara continua pairando na América Latina, principalmente nos tempos que correm, com Evo Morales, Hugo Chávez, Daniel Ortega de volta, Fidel ainda lá – até mesmo, talvez, com Lula cá.
(Os quadrinhos são uma boa introdução lúdica, um barato de ler em pouco tempo; o Guevara histórico pode ser encontrado em
Che, biografia de Jon Lee Anderson, publicado no Brasil pela Editora Objetiva.) (Pedro Dória – No Mínimo Weblog)

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