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Terça-feira 3 / 01 / 2017

O Globo
"Descaso e massacre"

Na maior matança desde Carandiru, 56 presos são mortos em guerra de facções

Pelo menos 56 presos foram mortos por uma facção rival durante rebelião no presídio Anísio Jobim, em Manaus, no maior massacre desde o de Carandiru, em 1992. A matança foi provocada por uma guerra entre dois grupos criminosos, que já resultou em mortes em outras cadeias pelo país, e teve requintes de crueldade, com presos esquartejados. As execuções foram filmadas, e os vídeos, espalhados em redes sociais. Para especialistas, o massacre mostra falhas de gestão no sistema e que poderá haver retaliações. O ataque foi feito com armas fornecidas por aliados de uma unidade prisional vizinha. Mais de 80 presos fugiram por um túnel. Considerado em péssimas condições pelo CNJ, o presídio tem três vezes mais detentos que sua capacidade. “Nunca vi nada igual”, contou o juiz da Vara de Execução Penal Luís Carlos Valois.    

O Estado de S.Paulo
"Rebelião em Manaus mata 56"

Presos da facção Família do Norte, ligada ao Comando Vermelho, esquartejaram e carbonizaram integrantes do PCC 

Disputa por comando do tráfico está por trás da violência 

Em outras prisões da cidade, houve mais 4 mortes e 87 fugas
Cinquenta e seis presos foram mortos, decapitados, esquartejados e carbonizados numa guerra de facções criminosas no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. A ação do grupo Família do Norte (FDN), ligado ao Comando Vermelho (CV), contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) começou domingo e durou 15 horas. Treze funcionários e 70 detentos foram feitos reféns e depois liberados. Outras duas rebeliões foram registradas em Manaus ontem, sem mortos. Com capacidade para 454 detentos, o Compaj mantinha 1.229. Perto dali, 87 presos fugiram do Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat). Até a noite de ontem, 40 haviam sido recapturados. Na Unidade Prisional da Puraquequara, quatro detentos foram mortos. “O PCC se espalhou pelo País como estratégia de poder, mas encontrou resistência em alguns Estados, onde facções regionais são aliadas do CV”, explica o analista criminal Guaracy Mingardi.                     

Folha de S. Paulo
"Briga de facções mata 56 em presídio de Manaus"

Maior massacre numa prisão desde o Carandiru começou domingo e durou 17 h

Uma briga entre facções rivais deixou 56 mortos nesta segunda (2) em Manaus. A rebelião no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), maior presídio do Amazonas, durou 17 horas, relatam Rubens Valente e Bruna Chagas. A matança é a maior em prisões do país desde o massacre do Carandiru, em São Paulo, em 1992, quando 111 detentos foram massacrados pela Polícia Militar. Desde então, o pior saldo (31 mortos) havia sido em uma rebelião de 2004 na Casa de Custódia de Benfica (RJ). O motim começou no domingo, motivado por uma briga entre as facções Família do Norte — que comandou a rebelião — e PCC. Presos aproveitaram para fugir. Segundo o juiz da Vara de Execuções Criminais do Amazonas, Luís Carlos Valois, que negociou com os detentos, havia no local corpos esquartejados e decapitados. “Nunca vi um negócio tão horrível”, afirmou. A unidade abrigava 1.224 homens, o triplo da capacidade. Numa inspeção em outubro, o Conselho Nacional de Justiça classificou o presídio como “péssimo” para ressocialização. Cerca de 130 detentos foram transferidos para uma cadeia pública no centro de Manaus que estava desativada desde outubro de 2016. O governo federal também deve transferir presos ligados a facções criminosas para outras unidades prisionais do país.   

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