Manchetes do dia

Sexta-feira 22 / 01 / 2016

O Globo
"Dólar atinge maior valor desde o Plano Real"

Moeda dispara e fecha a R$ 4,16 Mercado reage mal à manutenção dos juros e põe credibilidade do BC em xeque. Projeção de inflação sobe

O dólar fechou cotado a R$ 4,16 ontem, o maior valor desde o lançamento do Plano Real, em 1994. Nas casas de câmbio, chegou a R$ 4,70, nos cartões pré-pagos. A forte subida (1,51%) foi provocada pela desconfiança do mercado sobre a disposição do Banco Central de conter a escalada dos preços, após guinada de discurso que levou à manutenção dos juros em 14,25% ao ano, na quarta-feira. Para analistas, a credibilidade da instituição ruiu. Projeções já apontam inflação de até 10% em 2016. Para o governo, críticas são de “viúvas do ex-ministro Joaquim Levy”.        

Folha de S.Paulo
"Estimativa para a inflação aumenta com Selic estável"

Mudança repentina na política do BC já faz mercado rever índices; dólar tem nova alta e fecha em R$ 4,166

A opção do Banco Central por manter a Selic (taxa básica de juros) em 14,25% elevou as expectativas de inflação para os próximos anos. Economistas avaliam que a repentina mudança de rota da política monetária reduz a previsibilidade do mercado, prejudicando o controle inflacionário. O aumento dos juros é uma das ferramentas para combater a alta de preços. Os índices da “inflação implícita”, calculada com base nas taxas de retorno dos títulos da dívida do governo e que servem como referência da inflação projetada pelo mercado, subiram. Títulos com vencimento em um ano indicavam inflação de 9,68% ontem, contra 9,41% há quatro dias, antes do anúncio do BC. Para janeiro de 2018, a projeção saltou de 9,94% para 10,66%. Economista da consultoria Tendências considera que a atual taxa de juros pode acelerar a alta de preços devido aos efeitos no câmbio. O dólar foi a R$ 4,166. Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, disse existirem “muitas evidências” de que o órgão foi influenciado politicamente para manter a Selic inalterada, o que, segundo ele, prejudica a sua credibilidade.        

O Estado de S.Paulo
"País fecha 1,5 milhão de vagas e analistas preveem piora"

Indústria foi setor que mais cortou; governo acredita em reversão da crise

O Brasil fechou 1,5 milhão de postos de trabalho com carteira assinada em 2015. O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é o pior dos últimos 24 anos, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência. Analistas de mercado já esperam para este ano um desempenho semelhante ou até pior. A indústria foi responsável pelo maior número de cortes de vagas – 608,9 mil. A construção civil ficou em segundo, com menos 417 mil. O único setor que mais contratou do que demitiu foi a agricultura, com saldo positivo de 9,8 mil. O estoque de empregos no País caiu 3,7%, retrocedendo ao patamar de 2012. Só em dezembro, foram encerradas 596 mil vagas. De acordo com o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, o resultado de 2015 foi pior que o esperado pelo governo, mas “não foi capaz de destruir as conquistas dos trabalhadores dos últimos anos”. Ele disse esperar reversão da crise e retomada das contratações.           
           

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