Manchetes do dia

Quinta-feira 24 / 11 / 2016

O Globo
"Delação da Odebrecht deve atingir ao menos 130 políticos"

Ex-presidente e quase 80 executivos começam a assinar acordos

Depoimentos e provas a serem apresentadas pela maior empreiteira do país, após longa negociação com a Lava-Jato, devem abalar o sistema político e já provocam nervosismo em Brasília

Ex-presidente e herdeiro da Odebrecht, a maior empreiteira do país, Marcelo Odebrecht e mais 76 executivos e ex-dirigentes da empresa começaram a assinar ontem acordos de delação premiada com a Lava-Jato. Após nove meses de negociações, as revelações do grupo devem pôr em xeque o sistema de financiamento político do país. Nos depoimentos prévios, os delatores fizeram acusações contra líderes de diversos partidos, atingindo pelo menos 130 políticos. Os acordos são considerados devastadores também pela riqueza de detalhes e provas das ilegalidades. As assinaturas devem ser concluídas hoje.    

O Estado de S.Paulo
"Delação da Odebrecht só depende de multa dos EUA"

Americanos querem elevar valor negociado para acordo de leniência; expectativa é de assinar tudo até amanhã

A negociação da delação premiada e do acordo de leniência da Odebrecht com a Procuradoria-Geral da República no âmbito da Lava Jato está a um passo de ser concluída. Advogados e procuradores tentam assinar a documentação entre hoje e amanhã, antes de o procurador-geral, Rodrigo Janot, embarcar para a China, onde ficará até o dia 4. O último entrave ontem à noite era o valor que será pago pela empresa aos Estados Unidos como multa da leniência. O montante já estava acertado com a Odebrecht em torno de R$ 6 bilhões e seria repartido entre EUA, Brasil e Suíça. Mas a exigência de valor maior pelos americanos causou entrave. Há dois caminhos: elevar a multa a ser paga pela empresa ou fazer acordo em que Brasil e Suíça liberem parte da quantia. No caso das delações, restam apenas as formalidades de assinatura do acordo. Serão mais de 70 executivos delatores, que, com a colaboração, terão penas menores. O caso-chave é o de Marcelo Odebrecht. Ele deverá ficar até o fim de 2017 na prisão e cumprir o resto de uma pena de dez anos em regime domiciliar.               

Folha de S. Paulo
"Maia e líderes partidários acertam anistia ao caixa 2"

Acordão busca livrar a maioria dos investigados pela Operação Lava Jato

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes partidários definiram nesta quarta (23) a emenda que pretende anistiar a prática do caixa dois eleitoral, que pode livrar a maioria dos alvos da Lava Jato. O acerto foi feito em almoço, horas antes da comissão que analisa o pacote de medidas anticorrupção do Ministério Público aprovar por 30 a 0 o texto do relator, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). A intenção era incluir a anistia na votação do texto no plenário da Casa, que poderia ser realizada na madrugada desta quinta (24). A Folha apurou que a emenda estabelece na legislação que não sofrerá punição quem receber doações, contabilizadas ou não, de valores, serviços e bens para atividades eleitorais e partidárias até a data da entrada em vigor da regra. A medida deve livrar boa parte dos alvos da Lava Jato, já que políticos que receberam verba desviada da Petrobras, via empreiteiras, dizem tê-la usado em campanhas ou atividades partidárias, declaradas à Justiça ou não. Esse segundo caso constitui caixa dois. 

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