Manchetes do dia

Quinta-feira 21 / 04 / 2016

O Globo
"Ministros do STF: Dilma ofende instituições ao falar em golpe"

Decano Celso de Mello condena ‘gravíssimo equívoco’ da presidente

Dias Toffoli afirma que processo de impeachment aprovado na Câmara e que agora está no Senado garantiu ampla defesa à presidente; petista, porém, deve repetir a estratégia amanhã na ONU

Ministros do Supremo Tribunal Federal rechaçaram ontem a alegação da presidente Dilma de que o impeachment aprovado na Câmara é um golpe. Argumentando que as regras foram definidas pela Corte e respeitadas pelos deputados, o decano do STF, Celso de Mello, afirmou que a acusação de Dilma é um “gravíssimo equívoco”. Para o ministro Dias Toffoli, o processo assegurou amplo direito de defesa, e alegar golpe agora é uma “ofensa às instituições brasileiras”. Também a ex-senadora Marina Silva (Rede) condenou a estratégia de defesa de Dilma. A presidente, porém, deve repetir o discurso amanhã na ONU, em Nova York. Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o tucano Aloysio Nunes afirmou que, se ela usar a tribuna da ONU para se defender e voltar a falar em golpe, será um “desserviço ao país”.    

Folha de S.Paulo
"Demissões batem recorde, e desemprego chega a 10%"

Reflexo da recessão no país, taxa pela primeira vez atinge a marca de dois dígitos

A taxa de desemprego no Brasil atingiu 10,2% no trimestre que foi encerrado em fevereiro. Esse é o maior patamar do índice desde que o IBGE iniciou o levantamento, quatro anos atrás. Um ano antes, ele estava em 7,4%. A disparada do desemprego é fruto da recessão que afeta o país no segundo mandato de Dilma Rousseff. De dezembro a fevereiro, 1 milhão de vagas foram fechadas, um recorde, e há 10,4 milhões de pessoas buscando trabalho. O aumento dos cortes é comum no início de ano, com o fim do período de festas, mas o IBGE disse que o resultado surpreendeu pela sua intensidade, afetando não só temporários, mas também quem era efetivo no trabalho. O avanço do desemprego somente não foi pior porque 676 mil pessoas passaram a trabalhar por conta própria. A indústria foi o setor que mais demitiu, com 740 mil postos de trabalho perdidos no período.      

O Estado de S.Paulo
"Investigação de chapa Dilma-Temer no TSE vai incluir Lava Jato"

Ministra dá início à fase de coleta de provas, que prevê perícia em empresas e oitiva de envolvidos em corrupção; parte da Corte discute possibilidade de separar conta do vice

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Thereza de Assis Moura, corregedora-geral da Justiça Eleitoral, autorizou o início da produção de provas para embasar ações que pedem a cassação da chapa formada pela presidente Dilma Rousseff e pelo vice Michel Temer. As fases de coleta de provas incluem perícia contábil em gráficas e fornecedores de campanha, juntada de informações colhidas pelo juiz federal Sérgio Moro e depoimentos de testemunhas já investigadas na Operação Lava Jato, como Pedro Barusco, Ricardo Pessoa e Julio Camargo. Os documentos serão utilizados nas quatro ações que correm no TSE sobre o assunto. Segundo a ministra, “o momento processual” deve garantir “o direito à produção da prova e não seu cerceamento”. A fase de perícias terá início em 15 de maio e prazo de 90 dias. Em agosto, o Tribunal deve dar início à oitiva das testemunhas. A corregedora eleitoral não analisou o pedido feito pela defesa de Temer de separar suas contas de campanha das de Dilma. Mas parte dos ministros do TSE vê a proposta com simpatia. Nos bastidores, ela é encarada como uma saída para não estender a crise política.    
           

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