Manchetes do dia

Quarta-feira 13 / 01 / 2016

O Globo
"Petrobras encolhe e retrocede uma década"

Volume de investimentos e valor de mercado caem abaixo do nível de 2007

Estatal vai cortar R$ 130 bilhões até 2019 e produzirá menos petróleo. Ações despencam 9,2%, e analistas preveem aporte da União

A Petrobras anunciou ontem mais um corte de investimentos, de R$ 130 bilhões (cerca de US$ 32 bilhões) até 2019, devido à subida do dólar e à queda da cotação do petróleo. A estatal também informou que produzirá menos do que o previsto no plano anterior. Com os cortes, as ações da empresa despencaram 9,2% e encerraram o pregão a R$ 5,53, o menor valor desde 2004. A profunda crise, iniciada com a Operação Lava-Jato em 2014, já fez a Petrobras retroceder quase uma década: os investimentos estão no nível de 2007, auge da euforia com a descoberta do pré-sal, e a petrolífera vale 64% menos. Analistas preveem que haverá necessidade de aporte de até R$ 200 bilhões pela União na companhia.  

Folha de S.Paulo
"Petrobras decide vender a sua fatia na Braskem"

Estatal anunciou corte de US$ 32 bi no orçamento, o que fez ações despencarem

Em crise após as investigações da Lava Jato, a Petrobras deve anunciar nos próximos dias a venda de sua participação na petroquímica Braskem. A fatia de 36% vale cerca de R$ 5,8 bilhões. Fundos de investimento internacionais já demonstraram interesse no negócio, informam Renata Agostini e Natuza Nery, do Painel. A oferta é uma tentativa de recuperar as finanças da estatal, que nesta terça (12) anunciou corte de US$ 32 bilhões em seu orçamento. A maior redução, referente ao período de 2015 a 2019, será em exploração e produção: US$ 28 bilhões. A meta de extração de petróleo em 2020 caiu de 2,8 para 2,7 milhões de barris por dia. A divulgação do corte fez as ações da empresa despencarem. As preferenciais, mais negociadas e sem direito a voto, fecharam em queda de 9,2%, a R$ 5,53 cada uma. Já as ordinárias caíram 7,65%, para R$ 7. São os menores valores desde 2003. Antes da Lava Jato, os papéis eram cotados na faixa dos R$ 20. Um documento do banco Credit Suisse, que lança dúvidas sobre a viabilidade do plano de recuperação da empresa, também impulsionou a queda nas ações. A Petrobras afirma que a redução nos investimentos objetiva adequar os gastos ao novo cenário de preços do petróleo e de taxa de câmbio.    

O Estado de S.Paulo
"Cerveró cita Dilma; impeachment volta a preocupar Planalto"

A delação do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró deixou em alerta o Palácio do Planalto, que teme a influência das denúncias no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em curso na Câmara. Cerveró declarou, em 7 de dezembro, à Procuradoria-Geral da República, ter ouvido o senador Fernando Collor (PTB-AL) dizer que as negociações para indicar cargos de chefia na BR Distribuidora haviam sido conduzidas diretamente pela presidente Dilma. Segundo Cerveró, condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, Collor revelou que havia se reunido com Dilma e ela teria colocado à disposição a presidência e todas as diretorias da subsidiária da Petrobrás. Em outra ocasião, Collor negou “ter exercido qualquer ingerência sobre a Petrobrás ou sua subsidiária”. Segundo assessores, Dilma teria ficado irritada com o depoimento de Cerveró que, segundo ela, foi a pessoa responsável pelo “relatório falho” que levou à compra da Refinaria de Pasadena.         
           

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