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Quinta-feira 3 / 12 / 2015

O Globo
"Cunha retalia PT e abre impeachment de Dilma"

Presidente reage, diz que não cometeu atos ilícitos e ataca adversário

Processo é deflagrado 23 anos depois de o Congresso analisar ação contra Fernando Collor ; pedido, feito pelo ex-petista Hélio Bicudo, argumenta que governo continuou a recorrer às “pedaladas” fiscais em 2015

Menos de cinco horas depois de ser abandonado pelo PT no Conselho de Ética, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), retaliou e cumpriu as ameaças ao governo, anunciando ter acolhido pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma, 23 anos após o Congresso analisar a ação contra o então presidente Fernando Collor. Em pronunciamento, Dilma disse que não há qualquer ato ilícito praticado por ela e atacou o adversário, investigado na Lava-Jato e no Conselho de Ética. “Não possuo conta no exterior. Nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas”, disse ela, apesar de o pedido de impeachment se basear nas chamadas “pedaladas” fiscais de seu governo. A presidente também afirmou que jamais aceitaria barganhas, embora o Planalto tenha pressionado o PT a apoiar Cunha no Conselho em troca da não aceitação do pedido de impeachment. Governistas disseram acreditar ter ao menos 200 votos, suficientes para barrar o impeachment. 

Folha de S.Paulo
"Cunha retalia PT e acata pedido de impeachment contra Dilma"

Presidente se disse indignada e atacou peemedebista : "Não paira contra mim suspeita de desvio"

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. Rompido com o governo, a quem acusa de tentar incriminá-lo na Lava Jato, Cunha acatou a solicitação protocolada pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. E Janaína Paschoal. Para eles, Dilma cometeu crime de responsabilidade fiscal ao recorrer às chamadas “pedaladas” — o uso de bancos públicos para pagar dívidas e maquiar as contas. Dilma disse ter recebido a notícia com “indignação” e atacou, ainda que sem citá-lo, o presidente da Câmara: “Não paira contra mim suspeita de desvio de dinheiro público, não possuo conta no exterior nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais”. A decisão ocorreu no dia em que os deputados do PT no Conselho de Ética decidiram autorizar o processo de cassação de Cunha. Ele é acusado de mentir sobre contas no exterior. Para que o processo de deposição de Dilma seja aberto, é necessário o apoio de dois terços da Câmara. Com 171 votos, ela se salva. É a quarta vez que um presidente sofre a ameaça de impeachment. Getúlio Vargas, em 1954, e FHC, em 1999, conseguiram bloquear a tentativa no Congresso. Fernando Collor, em 1992, não. Na iminência de perder o mandato, renunciou.

O Estado de S.Paulo
"Cunha perde apoio do PT e aceita impeachment; Dilma se diz ‘indignada’"

Decisão foi tomada logo após partido anunciar que votaria contra o presidente da Câmara no Conselho de Ética

Processo contra Dilma se baseia no uso de pedaladas fiscais, consideradas irregulares pelo TCU, no atual mandato

Planalto vai recorrer ao STF

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu ontem processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff horas depois de o PT ter anunciado que não apoiaria o peemedebista no Conselho de Ética. A decisão tem como base pedido que acusa a petista de ter cometido crime de responsabilidade fiscal no exercício do atual mandato, iniciado em janeiro, ao recorrer a manobras contábeis, chamadas pedaladas fiscais. O governo vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Em pronunciamento no Planalto, Dilma se disse “indignada” e fez duros ataques ao presidente da Câmara. “Não paira sobre mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo contas no exterior. Nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas na busca de satisfazer meu interesse”, disse a presidente. Hoje deverá ser lido em plenário o relatório em que Cunha justifica a abertura do impeachment. Será criada comissão com parlamentares de todos os partidos para analisar o pedido. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse que o processo é ancorado na Constituição. “Nós apoiamos a proposta do impeachment, isso não é golpe”, afirmou. Líderes do PMDB e emissários do vice Michel Temer planejam intensificar as costuras para que o peemedebista tenha respaldo político caso venha a assumir o mandato de Dilma. O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), é considerado fundamental nessa estratégia.  
           

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