Coluna do Celsinho

Carla

Celso de Almeida Jr.

Pense numa guerreira.

Certamente, o prezado leitor e a querida leitora conhecem mulheres assim.

No meu caso, não é diferente.

Convivi e convivo com algumas.

Uma, entretanto, tem frequentado mais intensamente o meu pensamento e o meu coração nos últimos tempos.

Conheci a Carla Nassif nas rodadas em Rondônia, no segundo semestre de 2014.

Produções para tv, rádio, jornais, redes sociais, ritmo intenso.

Jornalista com elaborado poder de síntese, estudiosa, dedicada, fiquei admirado com a sua energia.

Aparentemente frágil, logo percebi que tratava-se de uma mulher fortíssima, muito competente, corajosa, determinada.

Com trinta e poucos anos, já tinha enfrentado três diferentes tipos de câncer.

Na região norte, em trabalho ininterrupto por várias semanas, revelava a saudade da filha e da companheira, que aguardavam no interior de São Paulo o retorno da mulher amada.

Lado a lado, conheci um pouco da sua história.

Trabalho terminado, rumos diferentes, as melhores lembranças.

Setembro de 2015.

Vejo nas redes sociais que a Carla sofre um AVC.

Trinta dias na UTI.

Mobilização maravilhosa dos amigos em orações.

Talento de médicos dedicados.

E, em certo instante, confiro aliviado a notícia de que saiu do coma.

Passados 42 dias do AVC, emociona a equipe médica ao conseguir levantar da cadeira e dar novos primeiros passos.

O neurocirurgião afirmou que de cada dez pacientes, um sobrevive ao inevitável procedimento cirúrgico adotado neste caso.

Agora, a batalha diária, a fisioterapia; o estímulo da filha, da companheira, dos amigos de todas as horas.

Curioso, fui atrás do significado do nome, mania que nunca tive mas que não resisti em pesquisar.

Aí está:

Carla: mulher livre, mulher forte, mulher guerreira.

Sob medida, não é mesmo?

Vamos em frente, querida Carla Nassif!!

Visite: www.letrasdocelso.blogspot.com

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