Para pensar...

Uma boa ideia custa ou vale?

Ricardo Pimentel
Depende! Depende do potencial do cliente, da praça, do mercado em que está inserido, etecétera e tal. Agora, tratando-se de Ubatuba depende se o criador é local ou não. Aí prevalece a máxima de que “santo de casa não faz milagre” e assim qualquer ideia por mais genial que seja não terá seu reconhecimento devido e honorários compatíveis. Mas, de qualquer forma, vamos devagar porque o andor é de barro.

Agora, com ou sem reconhecimento ideias precisam ser respeitadas pela ética de mercado. Pois, elas brotam em mentes capazes de traduzir sentimentos, novos conceitos, posicionar e diferenciar produtos e serviços. Boas ideias surgem da capacidade de se encontrar o óbvio. Surgem da mente de publicitários atentos às tendências, oportunidades e necessidades de mercado. Surgem de profissionais treinados para oferecer uma comunicação de qualidade aos setores produtivos.
Por isso, precisamos criar dispositivos legais à proteção das ideias, principalmente para o mercado publicitário que vive das ideias. Caso contrário não terá mais condição de ganhar o pão nosso de todo dia. Por aqui é mais ou menos assim. Prevalece a ideia de que uma boa ideia é simplesmente uma ideia. Não há valor agregado.  Afinal, pensam muitos, a ideia é boa mas não vale o que se imagina. Alias, muitas vezes não vale nada, ou quase nada. Por fim, simplesmente utilizada e nem muito obrigado se dá! 

Afirmo por experiência própria. Por estar há mais de 30 anos em Ubatuba. Por ter passado por inúmeros dissabores no campo das ideias. Da utilização indevida, sem consulta prévia, sem negociação, pela falta de respeito ao profissional, ao ser humano que sobrevive das ideias. No final, a ideia “camelada” (expressão usada no meio publicitário quando uma ideia é totalmente distorcida) não produz os resultados esperados na comunicação do cliente. A partir daí considera-se a ideia ruim e o criador falhou.

O fato é que uma boa ideia proporciona uma campanha de verdade, onde a criação faz a diferença e o cliente tem orgulho. Uma boa ideia é aquela que valoriza tudo e todos que estão envolvidos. Com uma boa ideia se produz uma campanha vendedora, forte e convincente. Uma boa ideia respeita a inteligência do consumidor. Com uma boa ideia se tem uma campanha onde os concorrentes sentem inveja e gostariam de ter feito. Uma boa ideia não custa. Vale!

Uma boa ideia Vale porque atende as necessidades de comunicação do cliente. Uma boa ideia Vale porque é feita com profissionalismo e consegue ser genial. Uma boa ideia Vale pela originalidade. Por isso não custa, Vale! 

Ideias! Todos tem. Agora no negócio da comunicação é preciso ter boas ideias, sintéticas, cirúrgicas, capazes de transmitir emoção. É preciso em uma frase, em uma única palavra, num ícone, em apenas 30 segundos vender uma viagem antecipada para a Lua para daqui há 30 anos. Esse é o grande desafio. Esse é o nosso negócio. Exigimos respeito!

Ricardo Pimentel é Jornalista e Publicitário

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