Coluna do Celsinho

Riscos e intenções

Celso de Almeida Jr.

Por calçada escolhida, a caminhada cotidiana.

Acostumei com a rota.

Existia um estímulo especial.

Numa velha janela, um sorriso muito mais antigo sempre esperava o meu Bom Dia!

A saudação voltava num sussurro.

Nenhuma outra palavra.

Nunca.

Nestes dias, uma curiosa vontade.

Peguei uma flor solitária e segui.

Pela primeira vez, a janela fechada.

Deixei o mimo ali.

Uma vizinha, novinha, alertou que a senhora da janela nos deixou.

Foi de repente, dormindo.

Peguei a flor, entreguei para a moça e repeti o Bom Dia!

Ela, encabulada, agradeceu, mas alertou: sou casada...

Respondi que era apenas um gesto generoso, sem segundas intenções.

Segui adiante.

Precavido, optei por novas calçadas.

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