Coluna do Celsinho

Centenário

Celso de Almeida Jr.
Nesta sexta-feira, alunos da escola municipal José de Souza Simeão, no Taquaral, estarão homenageando o centenário do cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga.
No repertório diversas músicas do Rei do Baião, em dois horários: as 10h e as 15h30.
A professora que coordena a apresentação, Andressa Basani Quadros, ressalta que além de homenagear um dos ícones da cultura popular brasileira, as atividades buscam despertar o interesse das novas gerações para a nossa diversidade artística.
“Hoje neste mundo moderno, cheio de tecnologia e internet, é muito importante não deixar de cultivar nossas raízes, nossas origens. E a música e as canções compostas por Luiz Gonzaga também retratam o que é ser brasileiro”  destaca Andressa.
Estarei lá.
Gosto destas manifestações.
Renovam a esperança de que o ambiente escolar pode mobilizar e unir alunos, pais e professores, em processos de aprendizagem mais dinâmicos, mais envolventes.
A preparação que culminará no evento de hoje fez os alunos terem contato com o instrumental, a história, as características deste gênero musical e seu brilhante representante.
Se o patrono da escola Simeão estivesse vivo iria gostar muito de participar.
Tenho certeza disso.
Nos meus tempos de ensino médio, José de Souza Simeão coordenava o Centro Cívico que eu presidia, no Colégio Estadual Capitão Deolindo.
Num dos eventos quentes que promovemos, convencemos o Simeão a ficar atrás de um púlpito, com uma túnica belíssima, nos moldes de um oficial militar.
Nós combinamos o seguinte: ele faria um belo discurso conclamando os alunos para sempre participar de atividades como aquelas.
Eu, no final, faria um belo elogio e revelaria que nos tempos em que o Simeão integrava o Exército Brasileiro fora homenageado, frente à tropa, por estar sempre com o fardamento alinhadíssimo.
E assim fizemos...
Com esta deixa, concluí que ele não perdeu o hábito e o parabenizei pela "estica".
Ele agradeceu.
A garotada aplaudiu.
Naquele instante, saiu de trás do púlpito e foi ao meio do palco.
A bela túnica, sapatos engraxadíssimos e uma surrada cueca samba canção no lugar das calças.
A garotada explodiu!
E ecoou: Simeão, Simeão, Simeão...
Por essas e outras, o tempo confirmou a tradição.
Escola com o nome do Simeão, tem que ter agitação!

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