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T 126 - Elias numa questão séria

José Ronaldo dos Santos
Elias, filho do Dário Barreto e da Maria Estefânia, tocador de violão, cavaquinho, rabeca e outros instrumentos de corda, nascido na praia da Fortaleza, mas morando há muitos anos no centro da cidade, na antiga Aratoca, certa vez, olhando admirado para o mastro muito colorido da bandeira de São João Batista, no largo da capela, percebeu que as cores se alteravam demais. Eu disse-lhe que era devido à ação do tempo. “É sol, chuva, vento e mais coisa ainda. Quem aguenta?”

“É, tá certo”. Concordou ele. “Mas por que a parte preta ficou clara e a parte branca escureceu?”. Nessa eu, criança ainda, fiquei sem saber o que falar.

Em outra ocasião bem recente, sabendo que o nosso litoral deve receber plataformas para extrair petróleo, ele questionou:

“Quem vai pagar aos pescadores por mais espaços de pesca cedidos à atividade petrolífera?”.

Que boa pergunta!

Comentários

Carlos disse…
Zé, por que os pescadores não entram na Justiça, pleiteando indenização? Seria um cálculo lindo de ver: períodos e áreas de pescagem, quantidade, peso e preço médio ou absoluto de peixes, combustível extra para procurar mais longe, danos potenciais (risco de vazamentos, agitação do ambiente submarino)... A pergunta do pescador gera desdobramentos vários. Quem indeniza os caçadores (onde a caça é permitida) pela passagem de rodovias, ferrovias ou vias aéreas? Em última análise, quem indeniza o profissional (de qualquer profissão) pelo contínuo despejar de novos profissionais no mercado? No STF, daria processo nulo e arquivo, suponho.

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