Coluna do Celsinho

Dando gás

Celso de Almeida Jr.
Na semana passada, uma audiência pública em Ilhabela acompanhou a apresentação do estudo e do relatório de impacto ambiental dos projetos de produção e escoamento de petróleo e gás natural no pólo pré-sal da bacia de Santos, encaminhados para licenciamento junto ao Ibama.

Dentre as piadas, Ubatuba, Caraguatatuba e São Sebastião não foram citadas no estudo e no relatório, o que motivou a comitiva de Caraguatatuba a levar “três fantasmas”, com lençóis apresentando os nomes dos municípios “excluídos”.

Outra pérola foi a justificativa da Petrobrás para o uso do aeroporto de Itanhaém como base para a saída e chegada de helicópteros das plataformas.

De acordo com o gerente setorial de meio ambiente da unidade operacional da bacia de Santos, foi feito um estudo no município de Ubatuba, mas as condições meteorológicas não foram consideradas adequadas. “As aeronaves precisam pousar ou decolar e não podem ficar reféns do mau tempo”, destacou.
Só por curiosidade, eu gostaria que ele me informasse o grau de tecnologia destes helicópteros e, também, se as super máquinas que têm pousado no Aeroporto Gastão Madeira prestam serviços para a Petrobrás, ou não.

Estes e outros acontecimentos reforçam a necessidade das cidades do litoral norte manter a união na defesa de seus interesses.
A boa notícia é que entidades como a Amprogás; o Comitê de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte, além de políticos e diversos representantes da sociedade organizada estão questionando os estudos apresentados.

Como bem disse o coordenador geral de petróleo e gás do Ibama, Cristiano Vilardo, que mediou a audiência pública, o encontro foi a primeira etapa da fase de licenciamento do empreendimento, ressaltando: “É possível alterar a área de influência, mas o Ibama não tem interferência nenhuma sobre os royalties neste sentido. Esta é uma competência da ANP (Agência Nacional de Petróleo) e é em um outro momento, com outros critérios, que a partilha é definida”.

Assim, é fundamental manter uma força tarefa competente para lutar por benefícios e conquistas para Ubatuba e região. Estamos numa disputa feroz por espaços e recursos. Exigir do estado, por exemplo, o mesmo tratamento que está sendo dado para o aeroporto de Itanhaém é um bom começo.

É necessário, portanto, utilizar toda a influência possível, das diversas correntes políticas ubatubenses, buscando colher bons frutos para a cidade.

A hora é agora e trata-se de briga que exige planejamento, determinação, profissionalismo e espírito público, minimizando diferenças políticas e interesses partidários ou eleitorais.

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Comentários

Anônimo disse…
Celsinho, sai dessa vida,malhar em ferro frio não levará a lugar nemhum!
Vem prá cá você também.
Anonimo peruibe

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