Televisão


Morre Paulinho Machado de Carvalho

Cristina Padiglione no Estadão
Morreu hontem, dia 14, às 10h da manhã, o empresário Paulinho Machado de Carvalho, ou Paulo Machado de Carvalho Filho, primogênito do homem que batiza o glorioso estádio do Pacaembu e que botou a Record no ar, em 1953. No filme Uma Noite em 67, em cartaz nos cinemas, sobre o universo dos festivais de música da Record, Paulinho dá vários depoimentos preciosos, narrando detalhes sobre os bastidores vivenciados pelas grandes estrelas da MPB.

Irmão de Antônio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta, dono da Rádio Jovem Pan, Paulinho sai de cena aos 86 anos, a quatro dias de a televisão brasileira comemorar seu 60º aniversário. Sãopaulino como o pai, Paulinho segurou o rojão da Record até a venda total das ações da emissora, em 1990, para o bispo Edir Macedo.

Sua biografia no site da Pró-TV, associação dos pioneiros da TV, informa que ele começou a trabalhar aos 16 anos e conta ainda: “A emissora principal do pai era a Rádio Record, que ficava bem no centro da cidade, na rua Quintino Bocaiúva, esquina da rua Direita. E tinha uma programação musical muito boa. O pai de Paulinho, porém, queria mais e adquiriu de Oduvaldo Viana a Rádio Panamericana, que tinha apenas um ano de existência. Paulo Machado mandou para lá os filhos, Paulinho, Alfredo e Tuta. Logo Paulinho, já com 20 anos, convenceu o pai a fazer ali uma emissora de esportes. Alguns anos depois, mudaram o nome para Jovem Pan. E a rádio foi de vento em popa, nas mãos dos guris, seus proprietários. Anos mais tarde, passou a pertencer somente a Antônio Augusto, o Tuta, enquanto Paulinho assumia a direção da Rádio e TV Record,em 1952, onde ficou até 1990.”

Quando começou no negócio, Paulinho começou por transferir as Unidas para uma grande construção na Avenida Miruna , perto do Aeroporto de Congonhas (imóvel que agora dá lugar a um hospital da Life Empresarial, do convênio médico pertencente ao grupo da Igreja Universal).

Paulinho esteve à frente dos negócios por 60 anos.

Também é atribuída a ele a obra de ter trazido ao Brasil grandes nomes da música internacional para inesquecíveis shows transmitidos pela áurea Record. Grandes mesmo, referências históricas, e não essa coisa de Lady Gaga, hoje considerada “grande”. Os patamares eram outros: Louis Armstrong, Nat King Kole e Sammy Davis Jr., uau!
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