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Segunda-feira, 28 / 01 / 2013

O Globo
"Descaso mata 231 jovens no Sul" 

Boate com plano de prevenção de incêndio vencido e lotada de universitários pegou fogo após músico usar efeitos pirotécnicos no palco. Ao tentar escapar, estudantes encontraram a única saída bloqueada por seguranças

Uma sucessão de erros e falhas na segurança resultou na segunda maior tragédia provocada por incêndios já registrada na História do país. Foram pelo menos 231 mortos, em sua maioria jovens que participavam de uma festa organizada para estudantes da Universidade Federal de Santa Maria na boate Kiss, em Santa Maria (RS). O fogo começou às 2h30m da madrugada, quando a banda Gurizada Fandangueira se apresentava e fez uso de efeitos pirotécnicos. As chamas começaram a se espalhar pelo teto. A primeira tentativa de combate ao fogo não deu certo porque o extintor não funcionava. A fumaça espessa provocou pânico. Centenas de pessoas tentaram desesperadamente fugir para a única saída da casa, mas, num primeiro momento, foram impedidos de escapar por seguranças que exigiam o pagamento da conta. Ao chegarem, bombeiros se depararam com um cenário de horror: uma barreira de corpos bloqueava a passagem das equipes de resgate. Boa parte das vítimas morreu asfixiada no banheiro. Segundo relatos, pensaram se tratar de uma saída de emergência. O estabelecimento estava com plano de prevenção e controle de incêndios vencido. 


O Estado de São Paulo
"Fogo em boate mata 233 no RS; série de erros causou tragédia" 

Sem alvará desde agosto, casa noturna de Santa Maria não tinha saída de emergência nem sinalização. 90% das vítimas morreram por asfixia, a maioria jovem. Polícia afirma que houve negligência. Há 127 feridos

Em poucos minutos, um incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), provocou a morte de 233 pessoas. Outras 127 ficaram feridas. A tragédia começou às 2h30 de ontem, no início do show da banda Gurizada Fandangueira. Um músico acendeu um sinalizador, para criar efeitos pirotécnicos, e uma fagulha se espalhou pelo sistema de exaustão, incendiando o teto. Cerca de 2 mil pessoas acompanhavam a festa, organizada por universitários. A maioria das vítimas morreu asfixiada. Uma série de erros potencializou a tragédia, como a falta de porta de emergência e sinalização e seguranças impedindo a saída do público. Os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde parentes faziam o reconhecimento dos mortos. O velório coletivo também foi realizado no local. A tragédia teve repercussão internacional. Emocionada, a presidente Dilma Rousseff chorou duas vezes ao falar do caso - ainda no Chile, de manhã, onde participava de um encontro com presidentes, e à tarde, ao lado do governador Tarso Genro, já em Santa Maria. A Polícia investiga a responsabilidade dos envolvidos: o grupo musical, os promotores da festa, os responsáveis pela boate e as autoridades municipais. Foi o incêndio mais letal desde 1961, quando 503 morreram num circo em Niterói.

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