Domingueira

Mundo, mundo, se eu me chamasse Raimundo...

Sidney Borges
O Barcelona  venceu o Manchester United por três a um. Venceu e convenceu, fez três, poderia ter feito mais, o resultado não traduziu a superioridade do time catalão. Foi um jogão de bola, como há muito eu não via. Agora vou torcer para o Santos na Libertadores. Seria interessante ver Elano, Neymar e Ganso jogando contra Messi, Xavi e Iniesta.

A partida foi vista no mundo inteiro, cada  jogador campeão recebeu 700 mil euros pelo título, ou seja, aproximadamente 1,6 milhão de reais. Remuneração digna das consultorias paloccianas. Deve ser bom ter talento, qualquer talento.

Com minhas longas pernas de jaburu eu bem que tentei, mas logo me dei conta de não ter nascído para o futebol. Pena, nem para o futebol, nem para o xadrez. Quando era preciso fazer o roque menor eu fazia o maior. Aos poucos fui entendendo que pertencia ao grupo dos sem-talento, a grande maioria da humanidade. A nós cabe aplaudir. Como joga o Messi! Como joga o Neymar!

Vou dar um pitaco sobre a polêmica em torno do livro didático, que dizem, vai ensinar Português errado. Não acredito que os autores, educadores experientes, fariam isso. Não é natural. Quem educa quer o melhor para o discípulo. Como não li o livro não vou me estender em comentários, mas sendo educador imagino que todos pensem e ajam com os mesmos propósitos. Ensinar é preciso. Há muito preconceito "nestepaiz".

Durante a semana li um texto sobre a dengue em Ubatuba que me causou estranheza. Parece que há muitos casos relatados. Já escrevi sobre a ação governamental (Prefeitura e Estado) no trabalho de prevenção. A população foi corretamente alertada para tomar providências no sentido de evitar a proliferação do mosquito.

Ubatuba é uma cidade aberta, por aqui circulam pessoas do país inteiro. Acabar com o mosquito é impossível. Por mais cuidado que se tome, sempre vai existir um criadouro. A dengue deixará de ser um flagelo quando tivermos a vacina. Para que isso aconteça é preciso dinheiro. O governo federal tem prioridades, Copa do Mundo, Olimpíadas, trem bala. Um dia, espero, acabar com a dengue estará na pauta das urgências.

João Gilberto vai fazer 80 anos. Jamais  me esquecerei da primeira vez que ouvi "Chega de saudade." Estava jogando botão na casa de um amigo. A cancha de ladrilhos hidráulicos era perfeita, meu time tinha um goleador implacável, "Canhoteiro", vidro de relógio pintado com esmalte Coty da titia. Ao lado do "estádio" a mãe do meu amigo trabalhava na máquina de costura e ouvia rádio. No auge da disputa do título entrou João Gilberto. Fiquei distraído, tão absorto pela novidade que permiti que o adversário empatasse. João Gilberto é outro exemplo de mortal ungido pelos deuses. Tem talento de sobra.

São Paulo, tudo indica, vai ficar fora da Copa do Mundo. Não sei se isso é bom ou ruim, faltam dados para um julgamento. Sei que em se tratando de Copa existem casos que merecem consideração. Manaus tem pouco apreço pelo futebol, o campeonato amazonense recebe pouco mais de mil torcedores por jogo. Manaus vai ter um estádio para 40 mil espectadores. Quando acabar a Copa vai servir para quê? Eis um caso a ser analisado com calma e isenção. Manaus tem necessidade de saneamento básico, hospitais, escolas, ruas asfaltadas...

É caro viver no Brasil. Um carro "Smart", produzido pela Mercedes, tido e visto como objeto de luxo, custa perto de 65 mil reais. Nos Estados Unidos, o mesmo carro, custa 20,3 mil reais. A diferença? Impostos.

Não procede o boato da ida de Palocci para o FMI. Apesar do mundo estar impressionado com a capacidade de multiplicar pães e peixes do ministro, ele vai continuar ajudando o Brasil na caminhada rumo à glória. Com aquela cara de santinho...

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