Manchetes do dia

Domingo 11 / 09 / 2016

O Globo
"Temer diz ser contra reajuste de ministros do STF"

‘Isso daí gera uma cascata gravíssima’, afirma, sobre efeito do aumento no funcionalismo

Efetivado no cargo, presidente anuncia que tomará medidas ‘que podem desagradar a setores’ e que não abrirá mão do ‘conceito do teto’, sem permitir despesas acima da inflação, inclusive nas áreas de Saúde e Educação


Dizendo-se disposto a “tomar posições que podem desagradar a setores”, o presidente Michel Temer afirmou, em entrevista exclusiva ao GLOBO, ser contra o aumento dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Projeto que prevê o reajuste desses vencimentos, de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil em 2017, tramita no Congresso. Caso aprovado, abriria a porta para outros aumentos, por se tratar do teto salarial federal. “Isso daí gera uma cascata gravíssima. Porque pega todo o Judiciário, outros setores da administração, todo o Legislativo”, afirmou o presidente, citando apelos que vem recebendo dos governadores: “Pelo amor de Deus, Temer, não deixa passar isso”, contou. Afirmou ainda que seu governo não abrirá mão do “conceito do teto” e não permitirá despesas acima da inflação, inclusive nas áreas de Saúde e Educação. Ao se referir às acusações de “golpista”, disse que o rótulo “não pegou” e fez piada sobre seu hábito de usar mesóclises: “Tentá-lo-ei não fazê-lo.”                    
 
O Estado de S.Paulo
"Planalto abandona Cunha às vésperas da votação de cassação"

Pressão das ruas faz Temer se afastar das articulações que tentam salvar deputado

A pressão das ruas contra o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e também sobre Michel Temer levou o Palácio do Planalto a descartar qualquer possibilidade de ajudar o parlamentar a manter o mandato na sessão que decidirá o futuro político dele, marcada para amanhã na Câmara. Segundo um interlocutor do presidente, as manifestações desfavoráveis a Cunha cresceram muito nos últimos dias, como se fossem uma “força de fora para dentro”, e não há como se contrapor a esse movimento. Além disso, para o governo, a digital da Presidência numa articulação favorável a Cunha poderá fortalecer os protestos anti-Temer. A estratégia do governo é dizer que não trabalha nem para salvar Cunha nem para crucificá-lo, justificando que esse não é seu papel, nem há motivo para uma coisa ou outra. Isso a despeito de Cunha ter amigos próximos no governo e até mesmo no Planalto.    

Folha de S. Paulo
"Sem reforma da Previdência, país deve empobrecer"

Crescimento mais acelerado da força de trabalho pode ter fim em 2030; margem do governo Temer está encolhendo

O Brasil se tornará um país envelhecido e pobre nas próximas décadas se não avançar com urgência na reforma do regime de aposentadorias e melhora da qualidade da educação. O prazo para mudanças está ficando mais curto porque o chamado bônus demográfico — em que o grupo de pessoas em idade para trabalhar cresce mais rapidamente que o número de idosos e crianças — deve acabar até o ano 2030. Esse período em que a demografia era favorável ao crescimento econômico começou nos anos 1970. Nascidos na explosão populacional nas décadas de 1950 e 1960 chegaram ao mercado de trabalho e, entre 1980 e 2010, a população de 15 a 59 anos saltou de 56% para 65% do total. O fenômeno elevou a geração de renda para assistir crianças e idosos. Houve também a expansão da poupança e da capacidade de investimento. O Brasil, porém, perdeu a chance de equilibrar a Previdência — fatia dos gastos federais que mais cresce — antes que a taxa de fecundidade começasse a declinar. O governo Michel Temer (PMDB) deve enviar neste mês ao Congresso sua proposta de reforma previdenciária. Mas, para especialistas, além de frear gastos da Previdência, o país terá que melhorar a educação e elevar a produtividade do trabalho para crescer de forma sustentada. 
 

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