Manchetes do dia

Domingo 24 / 04 / 2016

O Globo
"Alckmin e Serra dizem que PSDB tem o dever de apoiar Temer"

Governador de SP afirma, porém, que tucanos não vão ocupar cargos

Apoio do partido pode ser fundamental para que o possível novo presidente enfrente desafios econômicos urgentes, como a dívida dos estados e o risco de calote do governo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou ontem que seu partido, o PSDB, tem o dever e a responsabilidade de apoiar o eventual governo de Michel Temer. — Temos o dever de apoiá-lo e sustentá-lo politicamente, mas sem cargo e sem pasta — afirmou Alckmin em entrevista a JORGE BASTOS MORENO. A posição de Alckmim foi reforçada pelo senador tucano José Serra: — Seria bizarro o PSDB ajudar a fazer o impeachment de Dilma e, depois, por cálculos oportunistas, lavar as mãos — disse o senador à repórter MARTHA BECK. Ontem, Temer recebeu em Brasília o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que negou ter sido convidado para o comando da economia, mas discutiu os desafios urgentes que esperam o possível novo presidente. Caso substitua Dilma em maio, quando o Senado decidirá se ela será afastada por 180 dias até o julgamento do impeachment, Temer terá que evitar o calote do governo federal. No dia 23, o Tesouro deve anunciar a suspensão de pagamentos a fornecedores, informa JOSÉ CASADO. Para evitar o colapso, um governo Temer precisará que o Congresso autorize o aumento do déficit orçamentário, de R$ 30 bilhões para R$ 90 bilhões. Nos estados a situação também é crítica: mergulhados em dívidas, os governadores já não conseguem sustentar os gastos com pessoal.     

Folha de S.Paulo
"Efeito impeachment amplia debandada de prefeitos do PT"

Com agravamento da crise política,1 de cada 5 eleitos pela sigla em 2012 mudou sua filiação até a metade deste mês

A seis meses das eleições municipais, levantamento da Folha mostra que, de cada cinco prefeitos do PT eleitos em 2012, um deixou o partido até 15 de abril. No total, 135 dos 638 prefeitos eleitos pela sigla pediram desfiliação ou foram expulsos da legenda. O número, que também inclui os que renunciaram ou foram cassados, quase dobrou em relação a outubro de 2015. O movimento de saída de prefeitos petistas para outros partidos foi impulsionado pela chance de a presidente Dilma Rousseff ser afastada por impeachment. Houve perdas grandes em São Paulo (35 dos 74 eleitos), Paraná (19 de 40), Rio de Janeiro (7 de 11) e Mato Grosso do Sul (8 de 13). Entre os municípios estão Osasco (SP) e Niterói (RJ), ambos com mais de 500 mil habitantes. Para o cientista político Carlos Melo, a proximidade das eleições pesa na decisão, pois dá aos que saíram “o discurso da oposição.” O secretário nacional de organização do PT, Florisvaldo Souza, minimiza as perdas e afirma que quem ficou defenderá “a democracia e nosso legado”.       

O Estado de S.Paulo
"Lava Jato vê elo entre sítio usado por Lula e propinas"

Notas fiscais ligadas a sítio de Atibaia e movimentações bancárias comprovariam atos ilícitos de ex-presidente

A força-tarefa da Operação Lava Jato considera ter elementos para levar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao banco dos réus por envolvimento com a organização criminosa que corrompeu e lavou dinheiro desviado da Petrobrás, informam Ricardo Brandt, Fausto Macedo, Julia Affonso e Mateus Coutinho. O inquérito sobre a compra e reforma do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), será a primeira acusação formal contra o ex-presidente entregue à Justiça pelo Ministério Público. Com base em notas fiscais localizadas nas buscas e apreensões, depoimentos e movimentações bancárias, a Lava Jato vinculará desvios de recursos na estatal à reforma do sítio e a manutenção de bens referentes a Lula. As empreiteiras OAS e Odebrecht e o pecuarista José Carlos Bumlai serão vinculados aos serviços executados na propriedade, como compensação por obras loteadas pelo cartel que atuou na estatal.     
           

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