Coluna do Celsinho

Pnad

Celso de Almeida Jr.

O saneamento básico é um dos pontos retratados na Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar-Pnad, divulgada nesta semana pelo IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Neste setor, a pesquisa indicou estagnação na expansão da rede coletora de esgotos e no abastecimento de água.

Na região norte do Brasil,  onde a situação é mais grave, tenho a oportunidade de conferir o problema.

Escrevo de Porto Velho, capital de Rondônia.

Por aqui, a única rede que coleta esgoto no centro da cidade foi feita no início do século passado, quando da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

Passados mais de 100 anos, o procedimento ainda é o mesmo:

O esgoto, sem tratamento algum, é jogando no rio Madeira.

Por aqui - ainda - somente um de cada três habitantes conta com água tratada.

A maior parte da população utiliza água de poço, com grande risco de contaminação.

Pois é...

Estamos falando da capital de um importante estado do norte brasileiro.

Com isso, dá para imaginar a gravidade do problema.

Esse quadro implica diretamente na saúde da população.

Estudos apontam que em 2013, também em Porto Velho, de 283 internações ocorridas por doenças infecciosas, 253 seriam evitadas se existisse saneamento adequado.

E por aí vai, Brasil afora...

Há muito o que fazer, prezado leitor, querida leitora.

Priorizar ações elementares, como o saneamento básico, deveria ser consenso na classe política.

Infelizmente, pelos números indicados pelo Pnad, o tema não tem merecido a devida atenção.

Viste: www.letrasdocelso.blogspot.com

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