Brasil

Antonio Palocci e Marcos Valério

Um esquema análogo? Palocciduto?
              
Do Ex-Blog do Cesar Maia
Na terça-feira (24), no Plenário da Câmara de Deputados, pelo menos três deputados do PT conversavam -nem tanto- ao pé do ouvido, afirmando a honestidade do ministro Antonio Palocci. Garantiam que os recursos "arrecadados" por Palocci não foram para sua capitalização pessoal, mas para "ajudar" a campanha de Dilma. Ou seja: ele seria um duto de captação pessoal de recursos sem que empresas tivessem que declarar doação à campanha de Dilma.

Se foi assim mesmo, é exatamente o mesmíssimo esquema montado pelo PT com Marcos Valério. Empresas, em vez de doar diretamente recursos ao PT, pagavam a empresa de Marcos Valério por "serviços de publicidade".  Valério recebia a lista de repasses e entregava na boca do caixa àqueles que estavam autorizados a receber.

A isso se chamou de "Valerioduto". O núcleo do "Valerioduto" era, coincidentemente, a mesma casa civil, através de seu ministro autor das listas, que incluíam a parlamentares da base aliada. Sendo verdade o que aqueles deputados comentaram, temos agora um esquema exatamente igual, em seu conceito. Só que o ministro não apresenta uma lista para receber e doar, mas o faz diretamente através de sua própria consultoria.

Antes, a empresa de Marcos Valério -a SMP&B-, recebia e repassava: era o núcleo do "Valerioduto". Agora -se confirmado o que deputados disseram- é a empresa -PROJETO- de Palocci que é o núcleo do "Palocciduto". É uma investigação fácil para o MP, a PF, ou a RF. Basta seguir o caminho do dinheiro recebido e ver, fora dos imóveis (checando valor de mercado), onde foi aplicado: estão em caixa ou serviram para pagar alguém ou alguma coisa? E checar se os valores são apenas 20 milhões de reais, ou se há muito mais, como alguns especulam.

Na medida em que a investigação demonstre isso, a Projeto poderia contratar o Delubio para mostrar que é apenas dinheiro não contabilizado: mais uma vez.  Por essas e outras é que Palocci abrir suas contas -digamos, empresariais, desde 2006 a 2010- é imprescindível..., para ele e para todos.  E para o distinto público!

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