Ubatubenses

Arrelá, João de Souza

Neste dia faço questão de lembrar o nosso saudoso João de Souza, filho do velho Rita e da dona Josefa, casado com dona Maria, pai de umas meninas maravilhosas e avô querido por uma modesta netalhada. É uma pena que os seus escritos ainda não estão disponíveis a todos. Eu, que pude conviver bem com ele e todos os seus familiares, nunca me esqueço dos momentos bons que passamos juntos. Não tem como me desapegar desse humilde caiçara tão ligado à vida do Itaguá. Na minha memória estão momentos maravilhosos, de convivência intensa. Ah! Como eu gostaria que os leitores ouvissem uma fita cassete, onde o Júlio e o João são correspondentes dos jogos da copa do Japão. Impressionante a agilidade, a criatividade deste homem que enfrentou a vida como um longo causo caiçara. Para encerrar, torno a fazer a reprodução da poesia que o Domingos compôs no dia da sua morte, há três anos. É dela que saiu o título deste pequeno texto.

O coração levou uns cambotes na vida,
Peitou grileiro de terra,
Distribuiu carinho e amor
E foi se gastando,
A tal ponto que seu doutor
Recomendou mais parcimônia
No uso das emoções.
Mas, João de Souza,
Que não é de cerimônia
Ou de meias medidas
Como os causos que contou,
Era todo paladar
Como o pirão que provou,
Era todo caiçara
Como o povo que amou,
Era todo coração
- E nem o fôlego acompanhou –
E por isso veio a falecer
No dia 07/12/2007
Bem quando a alvorada despontou.

Um abraço a todos os familiares do nosso saudoso amigo.

Com carinho.

José Ronaldo dos Santos

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Comentários

Anônimo disse…
José Ronaldo, belo texto, bonita homenagem, tocante poema. Quem é o Domingos? E a fita cassete, estaria disponível em algum lugar?

Grato.

Elcio Machado

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