Coluna do Celsinho

Calbuco

Celso de Almeida Jr.

Com a decisão anunciada de que a presidente Dilma não fará na TV o tradicional pronunciamento de 1º de Maio, uma pulga instala-se atrás da orelha.

O que isso significa?

Dilma acuada?

A carapuça vestida?

O início de uma gigantesca cortina de fumaça?

A consolidação do bode expiatório?

Sei não...

Com o rastilho de pólvora aceso pela Operação Lava Jato, o número de bombas a explodir revelou-se grande.

Há muita gente envolvida nas falcatruas anunciadas.

E, tudo indica, há muito mais gente envolvida nas falcatruas a anunciar.

Quem são elas?

Quais os seus papéis na República?

Pois é...

Caso o tamanho da encrenca assuma proporções colossais, Dilma poderá ser induzida ao sacrifício.

Renunciaria?

Sem a menor dúvida, uma decisão traumática.

Na cabeça de frios estrategistas - incluindo os mesmos que viabilizaram a sua eleição - é uma opção.

No pensamento de políticos maquiavélicos, também.

Para o povo insatisfeito, uma válvula de escape.

Para a oposição, a consolação.

E aos envolvidos na corrupção astronômica - principalmente àqueles ainda não denunciados - um fumaceiro digno do Calbuco.

Bom para se esconder; tentar sair de cena.

O problema é que erupções desta natureza podem lançar mais do que fumaça.

Uma ardente lava descontrolada derreteria a matreirice.

Não pouparia a turminha escondida sob a saia da vítima.

Sai pulga!!!

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