Final feliz



Aconteceu na Ressaca

O cão nos braços de William pode não ser exatamente um cão. Existe a possibilidade de ser um ET. Até é um pouco parecido com o ET do filme homônimo. Apareceu de repente, como a Margarida do Guarabira, olê, olê, olá... A história desse misterioso cão, agora batizado de “Duque”, começou quando eu e meu “Personal Trainer”, o valente e indômito Brasil, conhecido dos leitores, caminhávamos pelas ruas da Ressaca. De repente Brasil parou. E apontou. Meu cão resulta do caldeamento de inúmeras raças. Deve haver algum pointer na ancestralidade. Ao longe, uma coisa escura e pequena notou nossa presença. Avançamos cautelosamente. Quando a luz proveniente da criatura atingiu minha retina, transformou-se em corrente elétrica e foi ao cérebro, via nervo óptico, entendi tudo. Era um cãozinho. Talvez perdido ou quem sabe abandonado. Em tempo, vou avisando. Abandonar um animal de estimação, doente ou não, condena ao fogo eterno. Sem perdão. Nem pagando dízimo triplicado. Inicialmente deitado o animal levantou-se ao nos ver. Prevendo confusão dei meia volta e fiz outro caminho. No retorno o inevitável, encontramos outra vez o visitante e desta vez Brasil e ele se cumprimentaram como cães educados. Após as cheiradas de praxe, continuamos andando, agora éramos três. Ao chegar ao campinho do bairro, os valentes rapazes da foto disputavam uma animada porfia do esporte bretão. Perguntei se sabiam de quem era o cãozinho, que se postou entre eles e logo foi cercado de curiosidade. Mais tarde notei movimento construtivo, os garotos preparavam um canil. Levei ração, eles já haviam providenciado cama, telhado e um cercado para o novo morador. Quando tirei a foto o orgulhoso Duque se preparava para ir ao veterinário, sem um único carrapato, bem alimentado e muito feliz com os novos donos. Como se vê, nem tudo está perdido. (Sidney Borges)
Na foto: Felipe, William (segurando Duque), Davi e João. Minha turma.

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