Manchetes do dia

Quarta-feira 11 / 05 / 2016

O Globo
"Senado vota o futuro do Brasil"

Decisão interromperá 13 anos de PT no poder
Dilma recorre ao STF e diz que seguirá lutando
Ex-líder do governo, Delcídio é cassado


Treze anos após a chegada do PT à Presidência, o Senado deve interromper hoje o maior ciclo de um partido no poder pós-redemocratização ao acolher o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, o que a afastará do cargo por até 180 dias. Se confirmado, será o primeiro presidente a ter o mandato interrompido desde Fernando Collor, em 1992. Em enquete feita pelo GLOBO, 50 senadores já declararam voto favorável à saída da petista, nove a mais do que o necessário para a abertura do processo. Dilma tentou impedir a sessão de hoje ao recorrer novamente ao STF. O mandado de segurança, que será julgado pelo ministro Teori Zavascki, alega que o processo tem vício de origem por ter sido aberto por vingança pelo presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha. O ministro José Eduardo Cardozo (AGU) afirmou que vai “judicializar até o fim”. E Dilma anunciou que, mesmo afastada, continuará protestando contra o impeachment. Ontem, movimentos sociais e sindicatos fizeram manifestações em 17 estados e no Distrito Federal contra a saída dela, bloqueando estradas. Na véspera da votação decisiva para Dilma e o PT, o Senado cassou o mandato de Delcídio Amaral, ex-petista e ex-líder do governo, acusado de tentar obstruir as investigações da Lava-Jato. Foram 74 votos pela cassação de Delcídio e uma abstenção, sem um voto sequer favorável ao agora delator do esquema de corrupção na Petrobras e no governo. O vice-presidente Michel Temer, que deverá assumir a Presidência tão logo Dilma seja notificada da decisão do Senado, continua tentando fechar a montagem de seu governo. Com uma equipe política, distante do Ministério de “notáveis” que cogitara, o vice escolheu 14 dos 22 ministros que pretende nomear. Entre as novidades, o secretário de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, para a Justiça, Blairo Maggi na Agricultura e Bruno Araújo em Cidades.       

Folha de S.Paulo
"Senado deve afastar Dilma; governo recorre ao Supremo"

Ao menos 50 dos 81 senadores votarão pela abertura do impeachment, segundo levantamento feito pela Folha

O Senado deve abrir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, acusada de fraude orçamentária, e afastar a petista do cargo em sessão que começa na manhã desta quarta (11). A decisão precisa do voto da maioria simples dos presentes — ao menos 50 (62%) dos 81 senadores devem votar pela abertura do processo, segundo apurou a Folha. Nesse caso, Dilma será afastada por até 180 dias e substituída pelo vice, Michel Temer (PMDB), tão logo seja notificada. Prevê-se que o julgamento final pelo Senado ocorra antes desse prazo. Dilma, que nega ter cometido crime de responsabilidade, pode tornar-se o segundo presidente deposto desde a redemocratização. Em 1992, Fernando Collor foi cassado. O Planalto tentava até a noite desta terça (10) anular o impeachment, com a apresentação de recurso ao Supremo Tribunal Federal. A montagem do ministério do governo Temer está avançada. No Congresso, seus aliados articulam a substituição do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que tentou paralisar o processo.

O Estado de S.Paulo
"Na reta final, Dilma apela ao STF; Temer prepara pronunciamento"

Na véspera de o Senado votar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o governo entrou ontem mm novo mandado de segurança no STF para tentar impedir a votação e anular o processo. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), agiu com “desvio de poder” ao aceitar o pedido de afastamento. O ministro Teori Zavascki, relator do recurso, prometeu anunciar decisão pela manhã. Confiante de que Dilma será derrotada, o vice Michel Temer finalizava discurso no qual tentará transmitir mensagem de esperança ao País, combalido após mais de um ano de crises política e econômica. Pelo menos 50 dos 81 senadores se declaravam até ontem favoráveis ao afastamento - é necessária maioria simples. Se o prosseguimento do impeachment for aprovado, Dilma pediu que suspendam a cerimônia de descida da rampa do Planalto. Atos a favor do governo ocorreram em diversas capitais ontem e outros estão programados para hoje.       
           

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