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Mostrando postagens de janeiro 1, 2017

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Opinião

Doria faz política com 'p' minúsculo Demétrio Magnoli João Doria esmera-se na arte de emplacar manchetes. Fantasia-se de gari, junto com seus secretários, e varre uma praça; proíbe o uso de gravata no secretariado; promete multar auxiliares retardatários (a condição para ser secretário municipal em São Paulo é suportar ordens arbitrárias, destinadas a gerar efeitos publicitários). É política em ritmo frenético, mas com "p" minúsculo. Na campanha, Doria vestiu o figurino do gestor, surfando a onda da rejeição aos políticos. Gestão é, obviamente, uma necessidade. Precisamos de serviços eficientemente administrados, bueiros desentupidos, conservação do asfalto, limpeza dos locais públicos. Depois de Haddad, com sua incompetência militante, eloquente, o cumprimento de deveres básicos adquiriu uma aura de excepcionalidade. Mas o elogio desmedido da gestão veicula uma mensagem política: o prefeito está dizendo que seu mandato exclui a ideia de mudança. A longa hist

U.V.

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Manchetes do dia

Sábado 7  / 01 / 2017 O Globo " Ministro negou ajuda a Roraima antes de chacina " Após massacre em Manaus, 31 presos são mortos em Boa Vista ‘Tinha que matar mais’, diz secretário nacional de Juventude, subordinado a Temer, sobre chacinas; governo detalha plano de segurança O Ministério da Justiça negou ajuda ao pedido feito em novembro pelo governo de Roraima para tentar controlar a crise no sistema prisional do estado, que foi palco ontem de novo massacre, com a morte de 31 presos na maior penitenciária de Boa Vista. O ministro Alexandre de Moraes disse ter recebido só solicitação de ajuda para o controle da entrada de venezuelanos no estado, mas foi desmentido pelo ofício enviado pela governadora Suely Campos após chacina em novembro. Ao comentar as chacinas de Boa Vista e Manaus, o secretário nacional de Juventude, Bruno Júlio, disse ao blog de ILIMAR FRANCO: “Tinha que matar mais.”         O Estado de S.Paulo " PCC mata 31 em Roraima e divul

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Opinião

O fracasso vai além dos presídios Clóvis Rossi Mal estava digerindo o noticiário sobre o massacre em Manaus quando caiu na minha caixa postal mensagem da AOAV (sigla em inglês para Ação sobre a Violência Armada). Relatava, com alarme, que o número de pessoas mortas em 2016 pela polícia de dois dos países do Reino Unido (Inglaterra e Gales) havia alcançado um recorde na comparação com os dez anos anteriores. Li e reli três vezes o texto para ver se havia entendido direito. Sim, o recorde de mortos pela polícia em nove meses de 2016 foi de cinco pessoas. Repito: a polícia da Inglaterra e Gales matou cinco pessoas em 2016, superando o recorde de 2006 (seis pessoas). No Brasil, para comparação: em 2015, a polícia matou nove pessoas por dia. Repito: nove pessoas por dia versus cinco por ano. O número de policiais mortos no mesmo ano (393) foi de pouco mais de um por dia. São números do Fórum Brasileiro de Segurança Pública relatados por esta Folha em outubro. Trata-se de um a

U.V.

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Manchetes do dia

Sexta-feira 6  / 01 / 2017 O Globo " Governo antecipa plano para prisões sem prazos e metas " Pacote prevê novos presídios e mutirão para tentar esvaziar cadeias Medidas são anunciadas quatro dias após a chacina em Manaus, que teve oito assassinatos nas ruas na noite de quarta Quatro dias após o massacre de presos em Manaus, o governo Temer lançou um pacote nacional de segurança, mas não fixou metas e prazos para a implementação das medidas. O plano, ainda não concluído, prevê a construção de cinco presídios federais de segurança máxima, sem que nem todas as prisões prometidas há 13 anos tenham sido entregues. Também estão previstas unidades estaduais, compra de bloqueadores de celular e a retomada de mutirões para separar presos. O governo culpou pelo massacre a empresa responsável pela gestão da penitenciária de Manaus.         O Estado de S.Paulo " Prejuízo acumulado pela Funcef deve chegar a R$ 18 bi " Fundo de pensão da Caixa cogita

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Opinião

Qualquer festa, aos olhos de quem se sente excluído dela, parece extraordinária Contardo Calligaris Dois mil e dezessete começou bem. Digo isso sem ironia: gosto dos anos que começam cortando seco o clima da festa. De fato, para mim, o ano sempre começa no dia depois –não nos brindes da meia noite, mas no que sobra disso: o cheiro dos excessos regurgitados pelas ruas, a sujeira e as garrafas quebradas. 2017 disse direto ao que veio. Sem contar os 56 que morreram no motim dos presidiários do Amazonas, houve a chacina da festa de Réveillon em Campinas e o ataque à boate Reina de Istambul. Em Istambul, o Estado Islâmico reivindicou os 39 assassinatos, alegando que o Reina "era uma das casas noturnas mais famosas em que os cristãos celebram seu feriado apóstata". Gostei tanto da ideia de celebrar um "feriado apóstata" que me arrependi de ter ficado em casa sozinho no dia 31. Pode deixar, na próxima passagem do ano, vou cair na apostasia. A boate Reina de Ista

U.V.

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Manchetes do dia

Quinta-feira 5  / 01 / 2017 O Globo " PF sabia de ameaça de massacre em Manaus " Relatório revelou trama para matar ‘todos os membros’ de grupo rival Chefe da instituição, ministro da Justiça afirmou em entrevista que o governo do Amazonas tinha conhecimento de que presos tentariam fugir; rebelião terminou com 60 mortos e 184 fugitivos Relatório da Polícia Federal deixa claro que a instituição sabia há mais de um ano, por meio de grampos telefônicos, do plano da facção criminosa Família do Norte (FDN) de exterminar “todos os membros” do grupo paulista PCC em presídios de Manaus, informa ANTÔNIO WERNECK. No primeiro dia do ano, 60 presos foram executados e 184 fugiram. O documento da PF foi usado como base para a Operação La Muralla, na qual foram cumpridos 127 mandados de prisão. Ontem, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, responsável pela PF, disse que o governo do Amazonas sabia do plano de fuga. O estado admitiu ter falhado.         O Estado de