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Mostrando postagens de fevereiro 14, 2016

Dominique

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Opinião

Desigualdade Contardo Calligaris A desigualdade é a culpada da vez. Ela seria a nossa grande falha –política, econômica e moral. "O Capital no Século 21", de Thomas Piketty, contestado ou aclamado, tornou-se um best-seller: enfim alguém apontava o dedo para a vergonha do capitalismo tardio. Depois da Segunda Guerra Mundial, nos EUA e na Europa, a gente parecia se encaminhar para um mundo médio, com ambições e consumo médios –um dia, estaríamos todos vivendo no bonito subúrbio de um filme americano dos anos 1960. Esse sonho (ou pesadelo) acabou nos anos 1980. Na década de 1990, pareceu claramente que o retorno dos investimentos financeiros era maior do que o nosso crescimento econômico. Ou seja, os ricos seriam sempre mais ricos, e os outros, mais pobres. Aumentando, a desigualdade econômica se traduziria em desigualdade de influência política e acabaria com nossas democracias –os ricos sendo mais cidadãos do que os pobres. No Brasil, isso não seria novidade. Na F

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Manchetes do dia

Sábado 20 / 02 / 2016 O Globo " Delcídio deixa prisão e voltará ao Senado " Depois de 85 dias preso pela Lava-Jato, senador teria feito acordo de delação premiada, apesar de a defesa dele negar O senador Delcídio Amaral (PT-MS), que era líder do governo Dilma, deixou ontem à noite a cadeia em Brasília, depois de 85 dias preso. O petista teria feito acordo de delação premiada, segundo investigadores da Lava-Jato, o que seus advogados negam. Delcídio permanecerá em prisão domiciliar e já retornará ao Senado na próxima terça-feira. Mas ficará com a obrigação de voltar para casa à noite, de onde não poderá sair nos fins de semana, e terá de se apresentar à Justiça a cada 15 dias. O ministro Teori Zavascki, que autorizou a soltura, disse que no momento ele não oferece risco à ordem pública. Folha de S. Paulo " Governo admite travar reajuste do mínimo para conter gastos " Proposta a ser enviada ao Congresso visa recuperar credibilidade fiscal da gestão Dilma

Fokker F26 Phantom

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Coluna do Celsinho

Diabolô Celso de Almeida Jr. É sempre assim. Quando o médico pede um novo Raio X do pulmão, lá está ele. Parado, há quase 40 anos. Marca boa, Diabolô. Chumbinho de espingardinha de pressão. A história foi a seguinte. Na rua Cunhambebe éramos vizinhos do Cícero Assunção, irmãos, irmãs e pais queridos. No terreno deles, um lindo pé de Jambo, fruta azedinha, gostosa, estendia seus galhos também para o nosso terreno, garantindo sombra e frutas sobre nossas cabeças. Minha diversão era, com a espingardinha, mirar no caule, derrubar o Jambo e me deliciar. Num dia, criança, fazia isso com um amigo, quando chegou o Silvinho Brandão com um arquinho e flecha de ponta de borracha. Peguei o brinquedo, mirei e lancei a flechinha no amigo que segurava a espingarda. Ele, sem pensar, revidou. O detalhe é que revidou com um tiro, que levou o chumbinho a furar o meu peito, desviar numa costela e ficar lá, quieto. Minha primeira reação foi gritar pro Marquinho Teixeira, o out

Dominique

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Opinião

Dos três poderes sobrou um Ferreira Gullar Não é novidade dizer que estamos vivendo, no Brasil, um momento excepcional. Crise econômica e crise política não são raridades nem aqui, nem noutros países, particularmente hoje, quando há conflitos e divergências de toda ordem. Não sei se isso se deve simplesmente aos problemas, mesmo, ou se é estimulado pelo caráter planetário do mundo atual, quando tudo é noticiado a cada momento, ocorra onde ocorrer. De qualquer modo, se os problemas não existissem, não seria a simples notícia do que esteja acontecendo aqui ou ali suficiente para levar multidões às ruas e trabalhadores a greves. Como se sabe, cada país é um país, com particularidades que o definem. Vivemos, sem dúvida, um momento excepcionalmente conflituoso, mas, em cada um deles, o conflito envolve causas e consequências diversas. É o caso do Brasil, que tem enfrentado, nos últimos anos, momentos difíceis. Mas, o momento atual, se é que estou certo, apresenta características muit

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Sexta-feira 19 / 02 / 2016 O Globo " Presidente do BC diz que juros não vão cair " Tombini argumenta que a inflação está alta, apesar da recessão Mesmo com a forte retração e previsões pessimistas de analistas, dirigente do Banco Central afirma que Brasil deverá conseguir retomar o crescimento até o fim deste ano O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirma que não vê espaço neste momento para a queda dos juros porque o índice de inflação está alto demais.Em entrevista à colunista Míriam Leitão, disse que houve “interferência zero” na decisão do Copom de manter as taxas inalteradas em janeiro. Para Tombini, a inflação, no acumulado de 12 meses, começará a cair em fevereiro. Apesar das previsões pessimistas de analistas, ele afirma ainda que até o fim do ano o país retomará o crescimento. Folha de S. Paulo " Surto da zika leva papa a indicar uso de contraceptivos " Para Francisco, diferença moral entre abortar e prevenir gravidez é clara;

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Mulheres e cachorros João Pereira Coutinho Dúvidas sobre o casamento, todos temos. Mas Charles Darwin enfrentou o dilema com o racionalismo característico do século 19. Em 1838, perante o dilema de casar ou não casar com a prima Emma Wedgwood, o eminente cientista resolveu fazer uma lista com os prós e contras do matrimônio. Conhecia a história, mas confesso que nunca tinha lido a lista com atenção. Um jornal inglês, no aniversário do nascimento de Darwin (12 de fevereiro) e antes do dia de São Valentim, publicou essa preciosidade. Então encontramos duas colunas, nas quais razões para não casar suplantam incentivos para dar o nó. Entre as primeiras, Darwin elenca o fim da liberdade para ir onde quiser; a necessidade de socializar com os parentes da mulher; a diminuição do dinheiro disponível para livros (e do tempo correspondente para lê-los); e a hipótese de haver discussões conjugais que são sempre uma perda de tempo (grande verdade, Charles). Nas razões para casar, Darwin

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Quinta-feira 18 / 02 / 2016 O Globo " Sem ajuste fiscal, Brasil é rebaixado ainda mais " S&P cita crise política e falta de reformas para reduzir nota do país Agência de classificação de risco já havia tirado selo de bom pagador em 2015 e não descarta nova piora na avaliação nos próximos meses A Standard & Poor’s (S&P) rebaixou ainda mais a nota de crédito do país, de “BB+” para “BB”. Com isso, o Brasil agora está dois degraus abaixo do selo de bom pagador. A agência de classificação de risco justificou a decisão citando uma “correção mais lenta da política fiscal” e as dificuldades para aprovar as reformas em meio a um processo de impeachment da presidente, além da crise na Petrobras. Analistas não se surpreenderam com a decisão e preveem que o país poderá ter novos rebaixamentos. Folha de S. Paulo " STF autoriza prisão de réu antes do fim do processo " Condenado pode ir para a cadeia após decisão em 2ª instância, define tribunal O S

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Mito derretendo Carlos Alberto Di Franco Os defeitos pessoais e as limitações humanas dos homens públicos, inevitáveis e recorrentes como as chuvas de verão, não matavam a política. Hoje, no entanto, assistimos ao advento da pornopolítica e ao avanço de um inclemente deserto de liderança. A vida pública, com raras e contadas exceções, transformou-se num espaço mafioso, numa avenida transitada por governantes corruptos, políticos cínicos e gangues especializadas no assalto ao dinheiro público. O projeto de poder, estrategicamente implantado por Lula, rendeu bons resultados aos seus líderes: muito poder e muito dinheiro. Não contaram, no entanto, com três fatores complicadores: a força inescapável da realidade econômica, o papel da liberdade de imprensa e a independência das instituições. A política econômica populista, que, como hoje se constata, não tinha possibilidade de se sustentar, provocou a catastrófica crise que maltrata o Brasil, reduziu a pó o capital político do PT e t

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Terça-feira 16 / 02 / 2016 O Globo " Nova manobra pode livrar Cunha no Conselho " PTB substitui opositor por um aliado do presidente da Câmara Relator da Lava-Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki retira o sigilo de um dos inquéritos sobre o deputado na Corte Na primeira reunião do ano, marcada para hoje, o Conselho de Ética da Câmara deverá mudar a composição de forças no processo de cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado na Lava-Jato. Uma manobra do PTB trocará o deputado Arnaldo Faria de Sá, opositor de Cunha, por Nilton Capixaba, que deve votar contra a abertura do processo de cassação. Hoje, o placar está em apertados 11 a 9 contra o presidente da Casa. Cunha negou interferência na nova manobra. Folha de S. Paulo " Governo e 17 Estados cortam recursos contra epidemias " Redução entre 2014 e 2015 afetou combate a doenças como dengue e zika Governo federal, 17 Estados e o Distrito Federal cortaram gastos em pre

Dominique

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A pique Ruy Castro Uma formula clássica do humor é a frase invertida. Pegue uma frase-feita e escreva-a ao contrário. Entre nós, um mestre dessa especialidade foi Millôr Fernandes. São dele alguns dos melhores exemplares do gênero: "O rabo escondido com o gato de fora", "À noite, todos os pardos são gatos" e, para mim, a melhor: "O navio abandonou os ratos". Millôr escreveu-a em 1963, ao falar de sua saída de "O Cruzeiro", onde passara 25 anos e do qual fora um dos esteios. Neste caso, a frase se aplicava: Millôr era um exemplo de honestidade numa empresa que, a começar pelo patrão Assis Chateaubriand, não se caracterizava pela ética. Na prática, o navio –Millôr– se salvou, e os ratos rapidamente se afogaram. Em 1965, já não havia nenhum à tona. Ao ler o noticiário sobre as ameaças de defecção no PT, é difícil saber quem está abandonando quem. O discurso é o de que o partido "traiu suas propostas". Na verdade, a cada petista cari

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Segunda-feira 15 / 02 / 2016 O Globo " Brasil acha vírus zika em cérebro de bebês " Descoberta reforça associação do agente com danos neurológicos Estudo de pesquisadores do Rio e da Paraíba é fundamental para descobrir como evitar a ocorrência de problemas congênitos Pela primeira vez no Brasil, pesquisadores localizaram o vírus zika no cérebro de dois bebês, um deles com microcefalia e o outro com uma devastadora malformação cerebral, conta ANA LUCIA AZEVEDO. A descoberta reforça a tese de que problemas congênitos possam estar associados à presença do vírus na gravidez e é fundamental para descobrir como evitá-los. Os fetos foram infectados quando as mães estavam por volta da 18ª semana de gestação. O vírus permaneceu até o nascimento. O estudo reuniu pesquisadores de um instituto de Campina Grande, da UFRJ e da Fiocruz.   O Estado de S.Paulo " Para oposição, desgaste de Lula reacende impeachment " Com retomada efetiva das sessões do Congresso,

Dominique

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Um país enlouquecido Seria o caso de uma invasão internacional, com enfermeiros e psicólogos Gabeira Que país é esse? País do carnaval? Não totalmente, posso assegurar. Só no Ceará, 55 cidades, algumas delas visitadas por mim, cancelaram a festa popular. Crise econômica, zika e a seca que ainda assola o sertão, apesar das primeiras chuvas de inverno, são as principais causas do cancelamento. Naturalmente, os olhos estavam voltados para o país do carnaval, com suas cores, alegria e a beleza dos corpos. Mas o ano começou em algum momento da semana passada. Brasil real e Brasil fantástico se fundem, de novo, numa dramática unidade. Quem já trabalhou com a questão nuclear sabe como é difícil transmitir a ideia de perigo através da radiação invisível. No caso do zika, o mosquito ainda não foi visto por milhares de pessoas, exceto em fotos microscópicas. A picada é indolor porque sua saliva produz anestésicos. No entanto, a ONU decretou emergência internacional. Obama pediu US$ 1,8 bi

U.V.

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Domingo 14 / 02 / 2016 O Globo " Governo tirou de MP punição a empresas " Versão original previa reparação integral dos danos causados Documento obtido pela Lei de Acesso revela que texto assinado por Dilma para regular acordos de leniência excluiu afastamento de executivos A versão final da medida provisória que mudou a chamada lei anticorrupção, criando novas regras para acordos de leniência, excluiu punições para empresas previstas pelo próprio governo no texto original, revela Francisco Leali. O documento enviado à presidente Dilma em 3 de dezembro do ano passado, e obtido pelo GLOBO pela Lei de Acesso à Informação, determinava que, para assinar esses acordos, as empresas deveriam reparar integralmente o dano causado. Previa ainda o afastamento por cinco anos dos dirigentes envolvidos. Esses dois itens sumiram do texto final da MP, assinada pela presidente 15 dias depois . Folha de S. Paulo " Dilma afirma que Lula é vítima de ‘grande injustiça’ "