Manchetes do dia

Segunda-feira 6 / 06 / 2016

O Globo
"Cerveró relatou propinas de mais de meio bilhão de reais"

Delator apontou 11 políticos como beneficiários de desvios

Em delação premiada, ex-diretor da área internacional da Petrobras disse que maior suborno foi pago no governo FH

Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras apadrinhado por PT e PMDB, revelou na delação premiada ter facilitado repasses de pelo menos R$ 564,1 milhões em propinas nos negócios da estatal. Ele apontou 11 políticos dos dois partidos como beneficiários dos subornos, informam ANDRÉ DE SOUZA e CAROLINA BRÍGIDO. Mas o maior valor individual, segundo Cerveró, ocorreu numa negociação da Petrobras na Argentina, em 2002, quando teriam sido pagos US$ 100 milhões para integrantes do governo FH, cujos nomes não revelou.      

Folha de S.Paulo
"Janot diz que ministro foi favorecido no petrolão"

Pela 1ª vez procurador-geral liga repasses a Henrique Alves (Turismo)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) atuou para obter recursos desviados da Petrobras em troca de favores para a empreiteira OAS. É a primeira vez que Janot liga os repasses feitos para Alves aos desvios ocorridos no petrolão. O peemedebista foi ministro do Turismo durante a gestão Dilma e voltou ao cargo no governo interino de Michel Temer. Parte do dinheiro desviado teria abastecido a campanha do ministro ao governo do Rio Grande do Norte em 2014, quando foi derrotado. A negociação envolveria o deputado afastado Eduardo Cunha(PMDB-RJ) e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. Janot aponta que Cunha e Alves atuaram para beneficiar empreiteiras no Congresso, recebendo doações em contrapartida. As suspeitas constam de inquérito enviado no fim de abril ao Supremo, até agora mantido sob sigilo. Não há informação se houve decisão do ministro do Supremo Teori Zavascki pela abertura da investigação. O ministro disse em nota que todas as doações recebidas em 2014 foram registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
 
O Estado de S.Paulo
"Reajuste de servidor causa 1º atrito entre Temer e Fazenda"

Integrantes da equipe econômica reclamam que pacote apoiado pelo Planalto vai contra ajuste fiscal

A decisão de Michel Temer de apoiar na semana passada votação que concedeu reajuste salarial a servidores públicos federais abriu a primeira divergência entre equipe econômica e articuladores políticos do PMDB. No Ministério da Fazenda, o entendimento é de que não pode haver elevação de gastos, mesmo que seja para evitar desgastes, e que decisões políticas unilaterais podem atropelar e dificultar o ajuste fiscal, que por si só tende a sofrer resistência no Congresso e da população. Para a equipe econômica, é “incompreensível” que o governo opte por abrir concessões, aumentando gastos em bilhões, para beneficiar o funcionalismo público, parcela mais privilegiada de trabalhadores. Causou mais descontentamento o fato de esse apoio não avaliar a conjuntura: o reajuste de servidores com estabilidade de emprego ocorreu na semana em que o IBGE divulgou que o País tem 11,4 milhões de desempregados, um recorde. O Estado apurou que a Fazenda não foi envolvida em discussões oficiais sobre o tema. Procedimento bem diferente do adotado com outras questões igualmente sensíveis aos cofres públicos,como dívida de Estados e fixação do déficit de R$ 170,5 bilhões.        
           

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