Manchetes do dia

Sábado 5 / 03 / 2016

O Globo
"Lava-Jato força Lula a depor, e petista apela à militância"

Justiça quebra sigilo, e PF faz buscas em imóveis ligados a ex-presidente

Prestes a completar dois anos, a Lava-Jato chegou à porta do ex-presidente Lula. Por força de um mandado de condução coercitiva, ele foi obrigado a depor, durante três horas, numa sala do Aeroporto de Congonhas (SP). Os investigadores suspeitam que os R$ 30 milhões recebidos por Lula, desde 2011, como pagamento de palestras e doações a seu instituto, sejam fruto de desvios da Petrobras. A operação cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, inclusive em imóveis ligados a Lula. Segundo a PF, o Instituto Lula, que tem isenção fiscal, teria repassado R$ 1 milhão à G4, empresa de um dos filhos do ex-presidente. O procurador Carlos Fernando afirmou que “qualquer um no Brasil está sujeito a ser investigado'; Lula reagiu afirmando que se sentiu prisioneiro e convocou militantes às ruas: “A jararaca está viva.".  

Folha de S.Paulo
"Lava Jato atinge Lula e o obriga a depor; ex-presidente vê perseguição"

Na 24ª fase da Lava Jato, a Polícia Federal realizou buscas e apreensões em endereços ligados ao ex-presidente Lula (PT), investigado sob suspeita de ter sido um dos principais beneficiados do esquema de desvios na Petrobras. Os sigilos bancários e fiscal dele, de seu instituto e de sua empresa de palestras foram quebrados. O petista foi levado por agentes de sua casa, em são Bernardo do Campo (SP), em cumprimento a um mandado de condução coercitiva (depoimento obrigatório). Investigadores suspeitam que ele tenha obtido favores de empreiteiras e do pecuarista José Carlos Bumlai (como obras em tríplex de Guarujá e em sítio de Atibaia), além de recursos via contratos fictícios. A ação atingiu também familiares e pessoas ligadas ao ex-presidente. Em pronunciamento na sede do PT, após ser liberado, Lula disse ter se sentido “prisioneiro” e alvo de perseguição. Não rebateu acusações, já negadas anteriormente, e convocou militantes a defenderem partido e governo. Afirmou ter dúvidas sobre candidatar-se à presidência em 2018, mas se disse decidido a sair às ruas do país. As reações se sucederam ao longo do dia. Procuradores disseram que ninguém está acima das leis na República. A presidente Dilma declarou-se inconformada e criticou a condução coercitiva, que dividiu especialistas ouvidos pela Folha. Manifestantes pró e anti-Lula entraram em confronto. A bolsa subiu 4% e o dólar caiu 2% (R$ 3,73). Para a oposição, a ação foi “o começo do fim”.           

O Estado de S.Paulo
"Lava Jato obriga Lula a depor; ex-presidente ataca ‘elites’"

O ex-presidente Lula foi obrigado a prestar depoimento à Polícia Federal no inquérito da Lava Jato que investiga desvios e corrupção na Petrobrás. Policiais chegaram ao apartamento de São Bernardo por volta de 6 horas da manhã. Lula foi ouvido por autoridades da força-tarefa durante quase três horas, em uma sala do Aeroporto de Congonhas. As ações da Operação Aletheia – que em grego significa “em busca da verdade” – provocaram reações nas ruas – houve confrontos entre apoiadores e manifestantes contrários ao ex- presidente –, no mercado financeiro e no ambiente político. De acordo com o despacho do juiz Sérgio Moro, há “fundada suspeita” de que o principal líder petista “teria recebido benefícios materiais, de forma sub-reptícia, de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, especificamente em reformas e benfeitorias de imóveis de sua propriedade”. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos locais, entre eles o apartamento de Lula e o Instituto Lula. Em pronunciamento no Diretório Nacional do PT, Lula convocou a militância a defender o partido, atacou Sérgio Moro, a imprensa e as “elites”. “Me senti um prisioneiro. Fiquei magoado, ofendido”, disse. À noite, em discurso a militantes, Lula comparou a condução coercitiva a um “sequestro”.   
           

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