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Quarta-feira 16 / 03 / 2016

O Globo
"Janot vai pedir investigação de Lula, Temer, Mercadante e Aécio"

Delcídio diz que foi ‘escalado’ por Dilma e ex-presidente para barrar Lava-Jato

Colaboração de ex-líder do governo inclui gravação de conversa de Mercadante com assessor que indicaria uma tentativa de impedir acordo com a Justiça, com oferta de ajuda política e financeira. Presidente diz que iniciativa foi ‘ação pessoal’

Ainda às voltas com os ecos das manifestações de domingo, o governo se viu ontem diante de outra crise de grandes proporções: a homologação da delação do senador Delcídio Amaral, que deixou ontem o PT. Em 21 sessões de depoimentos, ele fez denúncias contra governo e oposição. O MP Federal já decidiu pedir ao STF autorização para investigar o ministro Aloizio Mercadante (Educação), o ex-presidente Lula, o vice-presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O ex-líder do governo acusou Mercadante de tentar obstruir as investigações da Lava-Jato ao procurar convencê-lo de não colaborar com a Justiça. Em conversa gravada por um assessor do senador, o ministro teria oferecido ajuda financeira e política para evitar a delação. A presidente Dilma chamou de “ação pessoal” a atitude de Mercadante. A Lauro Jardim, Delcídio disse ontem que foi “escalado” por Dilma e por Lula para barrar a Lava-Jato.

Folha de S.Paulo
"Dilma usou Mercadante para tentar sabotar a Lava Jato, acusa Delcídio"

Procuradoria avalia se investigará a presidente e o ministro; ambos negam as acusações do ex-líder do governo no Senado

Em delação homologada no Supremo, o senador Delcídio do Amaral, ex-líder do governo, acusa a presidente Dilma de tentar sabotar a Lava Jato por meio de Aloizio Mercadante (Educação). O delator, que pediu desfiliação do PT, entregou gravações de diálogos entre um assessor seu e Mercadante, que oferece ajuda financeira e política para a soltura de Delcídio, então na cadeia. Segundo a delação, Dilma atuou em cortes superiores para tentar soltar réus da Lava Jato, inclusive nomeando ministro do Superior Tribunal de Justiça incumbido de evitar a punição de empreiteiros. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avalia se pedirá para investigar a presidente Dilma Rousseff por tentativa de obstruir a Justiça. Aloizio Mercadante deve ser alvo de inquérito. Dilma repudiou com “indignação a tentativa de envolvimento do seu nome na iniciativa pessoal” de Mercadante. Ele eximiu a presidente no caso e negou que tenha tentado impedir a delação. A negociação para o ex-presidente Lula tornar-se ministro elevou o dólar e derrubou a Bolsa. Investidores preveem que, caso haja nomeação, será alterada a política econômica.              

O Estado de S.Paulo
"STF aceita delação de Delcídio e Dilma pode ser investigada"

Ex-líder do governo no Senado diz que negociou indicação de ministro para o STJ para ajudar empreiteiro
Senador cita ex-presidente Lula, vice Michel Temer e líder do PSDB, Aécio Neves
Aloizio Mercadante aparece em gravação negociando com assessor de Delcídio

A homologação e a divulgação pelo STF da delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS) arrastaram ainda mais o governo e Dilma Rousseff para o centro da crise e da Lava Jato. A Procuradoria- Geral da República (PGR) avalia abertura de investigação para apurar as citações à presidente no depoimento do ex- líder do governo no Senado. O ponto que mais chama a atenção dos procuradores é a afirmação de Delcídio de que negociou com Dilma a nomeação de Marcelo Navarro para o STJ com a missão de tirar da prisão o empreiteiro Marcelo Odebrecht. Ela nega. Delcídio também cita supostas irregularidades envolvendo o ex- presidente Lula, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o vice Michel Temer (PMDB) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, aparece em gravação negociando com assessor de Delcídio e fala em “encontrar uma saída” para evitar que o senador fizesse delação. Mercadante diz que agiu de forma “pessoal”.  
           

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