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Mostrando postagens de agosto 30, 2015

Dominique

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Opinião

Tapando o sol com a peneira Estadão O vice-presidente Michel Temer tem razão. Será difícil o governo resistir três anos e meio com o insignificante apoio de 7% da população, índice com viés de baixa. Mas Dilma Rousseff insiste nos mesmos erros que estão na raiz de seu enorme desprestígio popular. Continua tentando obstinadamente tapar o sol com a peneira quando se trata da grave crise econômica do País. Só consegue com isso agravar seu déficit de credibilidade, que despencou a partir da constatação de que ela havia mentido na campanha eleitoral, quando acusou os adversários de estarem dispostos a adotar, para o combate à crise, as medidas impopulares que ela própria passou a defender, simbolizadas pela surpreendente nomeação de um ministro da Fazenda “liberal” disposto a fazer austeros cortes de despesas para botar em ordem as contas do governo. Para sair do sufoco Dilma tem tentado de tudo, menos ser sincera. A encenação com a qual a presidente pretendeu acabar com as especulaçõe

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Manchetes do dia

Sábado 5 / 09 / 2015 O Globo " Após prometer superávit, Dilma descarta cortar gastos" ‘Já foram feitos todos os cortes possíveis no Orçamento’, diz ela Empresários se reuniram com ministro Levy e pediram compromisso do governo com economia de despesas, redução de subsídios e esforço para que país não perca grau de investimento Um dia depois de prometer ao ministro Joaquim Levy (Fazenda) empenho do governo para obter superávit primário no ano que vem, a presidente Dilma afirmou ontem que já cortou tudo o que podia no Orçamento, enviado ao Congresso com previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões. Em entrevista a rádios do Nordeste, Dilma voltou a defender a criação de novas fontes de receita. Num jantar com Levy na quarta, empresários apresentaram lista de reivindicações, depois levada a Dilma, que inclui compromisso com superávit de 0,7% do PIB, corte de subsídios e esforço para o país manter o grau de investimento. Folha de S. Paulo " Governo tenta minimizar i

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Coluna do Celsinho

Ao Renato, com carinho Celso de Almeida Jr. Tardei a mandar para o Sidney Borges o presente texto, minha 360ª coluna semanal no Ubatuba Víbora. Geralmente, toda sexta-feira bem cedinho, desde outubro de 2008, sem interrupções, minhas letrinhas estão no e-mail do paciente editor. Agora, compreendo que foi o universo que conspirou. Explico... Atrasar o envio, por razão desconhecida, permitiu que eu conferisse as palavras do arquiteto Renato Nunes. Em texto publicado nesta sexta-feira a tarde, Renato comenta as citações sobre ele em meu último artigo e aprofunda a reflexão. Com a franqueza e a competência que o caracterizam, mostra-nos a Ubatuba real. Confira: http://www.ubatubavibora.blogspot.com.br/2015/09/sobre-coluna-do-celsinho.html Renato Nunes é um grande profissional. Não custa registrar um pouco de seu currículo. Graduado pela FAU-USP, foi professor na Faculdade de Santos, na Universidade de Mogi das Cruzes e no Centro Universitário Belas Artes de São Pa

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Sobre a "Coluna do Celsinho"

A profundidade da superfície ou a clareza da escuridão, como queiram! Amigo Celsinho, permita-me chamá-lo assim, no diminutivo, mas é uma questão de memória afetiva. Era assim quando nos conhecemos, você muito jovem, lidando com políticos de maneira muito mais adulta do que eles e foi dessa forma que você ficou no meu registro de memória, colocado no pedestal das minhas melhores lembranças. Nosso encontro casual no espaço de espera do Banco do Brasil, relatado por você no VIBORA do nosso Sidney, foi tão rápido quanto um clique no interruptor de um holofote na escuridão. Iluminou subitamente tudo pelo qual juntos passamos no reino dos sonhos para o futuro desta cidade, e sua conversão ao pesadelo que é hoje. A mais bizarra das constatações que me vieram à memória ao sair dali foi da mudança da qualidade de vida que os espaços públicos nos proporcionavam. Não a mim, a você ou a alguns poucos, mas a todos que circulavam pela cidade. Com naturalidade cumprimentavam-se espontaneamente

Dominique

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Opinião

A nova matriz moral Essa velha moral família Soprano, da omertà odebrechtiana, é a confirmação de que vivemos numa cleptocracia, onde quadrilhas saqueiam o Estado para se manter no poder Nelson Motta Roubar, sempre se roubou, e muito, no Brasil. Na era Lula, a novidade foi a introdução de uma nova categoria moral, o “roubo pela causa”, que se justifica pela nobreza dos seus objetivos e faz de seus autores guerreiros do povo brasileiro. Antigamente, se roubava só por sem-vergonhice individual, mas com a tolerância, e até o estímulo, ao roubo pela causa popular (eternizar o partido no poder para levar os pobres ao paraíso) já não se sabe onde começa um e termina outro, resultando na certeza de que nunca na história deste país se roubou tanto. Outra novidade, que ajudou a gestar a crise política e ética que nos assola, foi a institucionalização da corrupção, ocupando cargos importantes em todo o governo e usando-os para enriquecer o partido — e eventualmente alguns “guerreiros”, qu

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Manchetes do dia

Sexta-feira 4 / 09 / 2015 O Globo " Temer diz que Dilma não resiste sem apoio popular" ‘Se continuar com 7%, 8% de popularidade, não dá para passar 3 anos e meio’ Para vice, aprovação só aumenta se a economia melhorar ; caso contrário, nada poderá ser feito O vice-presidente Michel Temer disse ontem a empresários, em São Paulo, que será difícil a presidente Dilma Rousseff resistir até o fim do mandato se mantiver a baixa popularidade atual. Temer afirmou ainda que nada poderá fazer se a aprovação ao governo não subir. “Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo. Se a economia melhorar, acaba voltando a um índice razoável. Mas, se ela continuar com 7%, 8% de popularidade, de fato fica difícil, não dá para passar três anos e meio assim.” Michel Temer disse ainda que não moverá “uma palha ” para assumir o lugar de Dilma por não ser oportunista. Folha de S. Paulo " Presidente recua do recuo e volta a defender superavit" ‘Levy fica’, afi

Dominique

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Opinião

Sem rumo e sem liderança Estadão Mais um fiasco foi adicionado à coleção de tropeços políticos e econômicos da presidente Dilma Rousseff, com a recusa dos presidentes da Câmara e do Senado de consertar a pífia proposta de lei orçamentária apresentada pelo Executivo. “Não é papel do Congresso zerar déficit nem resolver questão de custos”, disse o senador Renan Calheiros. “Sou favorável a que se aprove o Orçamento como o governo mandou”, manifestou-se o deputado Eduardo Cunha. Ao recusar o auxílio pedido pelos ministros do Planejamento e da Fazenda e pela presidente, os dois parlamentares evidenciaram, mais uma vez, o principal fator de risco para um país já afundado em recessão. Muito piores que o buraco de R$ 30,5 bilhões previsto no projeto orçamentário são os déficits de competência, de seriedade e de liderança de um governo sem rumo, sem credibilidade e sem apoio até do próprio partido. Como se fosse preciso deixar esse fato ainda mais claro, no mesmo dia o plenário da Câmara a

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Manchetes do dia

Quinta-feira 3 / 09 / 2015 O Globo " Brasileiro já reduz até gastos com alimentos" Setor encolhe 6,2% em julho e leva indústria a uma queda de 1,5% Produção de açúcar , leite em pó e carne sofre com piora no emprego e na renda. Devido à retração na economia, BC mantém juros em 14,25%, após sete altas seguidas.  Incerteza política leva dólar a R$ 3,762 A crise econômica já afeta a produção de alimentos. Os brasileiros cortaram seus gastos à mesa, e o setor de alimentação sofreu queda de 6,2% em julho, frente a junho,  com produção menor de itens como açúcar, carne e leite em pó. A fabricação de alimentos foi a principal responsável pelo recuo de 1,5% da indústria. Em meio à  retração, o BC manteve os juros básicos em 14,25% ao ano. As crises econômica e política levaram o dólar a R$ 3,762. Folha de S. Paulo " Sem apoio, Levy coloca a permanência em dúvida" Em defesa pública, Dilma diz que ministro ‘não está isolado’ O ministro da Fazenda, Joaquim

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Opinião

Levy saiu do prazo da garantia A questão agora é saber se ele ou a sua relação com a doutora Dilma estourarão também o prazo de validade Elio Gaspari O Joaquim Levy “mãos de tesoura” não existe mais. Havia algo de fantasia na figura do banqueiro sorridente e severo que daria um novo rumo ao desastre econômico produzido pela doutora Dilma. Ele parecia o tal porque todo ministro da Fazenda que entra é o imperador Napoleão chegando a Moscou. Quando as coisas dão errado, a menos que vá embora porque não aguenta mais, sai como o general Bonaparte, ferrado, voltando para Paris. Levy saiu do prazo de garantia. Não é mais o que seria, mas, na verdade, nunca chegou a sê-lo. Resta saber qual o prazo que lhe resta para sair do prazo de validade. Guido Mantega, seu antecessor, nunca teve certificado de garantia ou de validade e tornou-se o primeiro caso de ministro apreendido, publicamente dispensado em setembro para deixar o cargo em janeiro. Levy sempre foi um estranho no bunker dos com

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Manchetes do dia

Quarta-feira 2 / 09 / 2015 O Globo " Rombo deve dobrar, e Congresso cobra solução" Renan e Cunha dizem a Dilma que governo é que deve encontrar saída Previsão de buraco de R$ 30,5 bilhões incluiu fontes de arrecadação que não estão garantidas e subestimou despesas O rombo de R$ 30,5 bilhões previsto pelo governo no Orçamento de 2016 pode ser ainda maior e chegar a R$ 70 bilhões. O texto enviado ao Congresso prevê, por exemplo, receitas que ainda não estão garantidas, como as que seriam geradas pela venda de ativos (R$ 37,5 bilhões) e por nova s concessões, além de não incluir despesas como a destinada ao pagamento de emendas parlamentares (R$ 1,5 bilhão). Depois de reuniões separadas com a presidente Dilma, os presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), disseram que cabe ao Executivo a responsabilidade de encontrar uma solução para o rombo. Mas os dois rejeitaram a hipótese, levantada pela oposição, de devolver ao governo a

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Opinião

A biruta Estadão A presidente Dilma Rousseff não sabe o que quer. Como uma biruta, vai para o lado que o vento sopra. Toma decisões de dia e recua delas à noite, quer porque se mostram inexequíveis, quer porque tendem a aprofundar seu isolamento político, ou quer simplesmente porque são estapafúrdias, fruto de sua já proverbial incompetência. A desastrada tentativa de restabelecimento da CPMF é apenas o último de uma imensa série de zigue-zagues de Dilma, incapaz de transmitir o mínimo de segurança e firmeza que se exige de quem ocupa a Presidência da República, especialmente em tempos de crise. Não surpreende que esteja disseminada a sensação de que o governo petista é uma nau sem rumo. Às vezes bastam apenas algumas horas para que a presidente tresande, e aquilo que era líquido e certo se transforme em um retumbante nada. Exemplos não faltam. No começo do ano, quando já estava claro que teria de mexer em benefícios sociais para conseguir fechar a conta, Dilma informou que pret

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Terça-feira 1 / 09 / 2015 O Globo " Governo eleva impostos, mas não evita rombo" Proposta de orçamento para 2016 prevê buraco de R$ 30,5 bi Pela primeira vez na História, o governo enviou ontem ao Congresso uma proposta de Orçamento em que prevê gastar mais do que deve arrecadar no ano que vem, deixando um  déficit de R$ 30,5 bilhões. O texto propõe aumento de impostos sobre eletrônicos, bebidas e operações do BNDES. Para o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, será necessário “enfrentar” os gastos obrigatórios, como Previdência e salários do funcionalismo. O vice-presidente  Michel Temer disse que não há estratégia para conseguir receita. O relator-geral do Orçamento, deputado Ricardo Barros (PP), propôs reavaliar o reajuste dos servidores  no próximo ano. A presidente Dilma se reuniu com líderes aliados na Câmara e disse que está disposta a ir ao Congresso para explicar o Orçamento.  Parlamentares governistas elogiaram o que chamaram de transparência na

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Me engana que eu gosto Ferreira Gullar Vou hoje comentar o discurso que Lula fez na abertura da Marcha das Margaridas, em Brasília, há algumas semanas. Apesar do atraso com que o faço, parece-me oportuno comentá-lo pelo caráter exemplar da maneira como, ele, ex-presidente da República, manipula os fatos da realidade nacional. A tal marcha foi organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), certamente por iniciativa de Lula, visando pôr em prática o conselho que tem dado a Dilma para enfrentar sua crescente impopularidade. Na sua opinião, ela deveria ir para as ruas mobilizar o povo contra os adversários. Sucede que onde ela aparece é vaiada. Logo, para "falar às massas", terá de fazê-lo em recinto fechado, como tem feito ultimamente. A Marcha das Margaridas começou na rua quando Lula discursou –mas foi solidar-se com Dilma dentro do Palácio do Planalto, longe do povo. Ali, devidamente protegida, disse o que sempre diz, isto é, que as

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Manchetes do dia

Segunda-feira 31 / 08 / 2015 O Globo " Governo pressiona Congresso com Orçamento deficitário" Planalto acha que expor rombo terá ‘efeito pedagógico’ entre parlamentares Joaquim Levy, que defendia grande corte nas despesas públicas, saiu derrotado no embate interno e diz que há risco de agências rebaixarem a nota do Brasil, tirando o  grau de investimento e agravando a situação econômica A presidente Dilma Rousseff informou ao vice Michel Temer que vai enviar ao Congresso, hoje, o projeto de Orçamento de 2016 com uma previsão de déficit nas contas  públicas. Com isso, ela transfere aos parlamentares a tarefa de decidir se cortam despesas ou propõem aumento de receita para cobrir o rombo. E espera que a exposição  do déficit tenha “efeito pedagógico” sobre um Congresso que já aprovou pautas-bomba. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, saiu derrotado porque era a favor do corte de  gastos. Folha de S. Paulo " Dilma envia Orçamento ao Congresso com déficit"

Pitacos do Zé

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Foto: canoadepau.blogspot.com O Museu b José Ronaldo Santos  O Iluminismo se caracterizou pela crença no poder da luz da razão para buscar o conhecimento. Na base desta corrente filosófica estão pensadores importantes para a Revolução Francesa (Diderot, Voltaire etc.) e para tantas outras revoluções. Os desdobramentos de suas reflexões estão nos processos de independência de muitos países, inclusive do Brasil. O grupo mineiro, os inconfidentes da região mineradora bebiam nesta fonte. Na verdade, a razão deveria ser desenvolvida ao máximo. O Velho Kant repetia sempre: Sapere aude! (Ousai saber!). No desejo de estar sempre buscando o conhecimento, vale recorrer a todas as dinâmicas de estudo, a todos os recursos tecnológicos e a todos os espaços de pesquisa. O importante nisso tudo, como ponto de chegada (meta), é alcançar a autonomia, o pensar por si próprio. Assim iremos nos esclarecendo. O museu é um dos espaços de esclarecimento. Portanto, ao achar bom que o Museu Hist

Dominique

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Opinião

Dilma no teatro do absurdo Não sei o que é pior: fingir que não viu ou levar tanto tempo para descobrir Fernando Gabeira RIO - Quando Dilma assumiu pela segunda vez, alguns analistas afirmaram que enfrentaria uma tempestade perfeita, tal a configuração de fatores negativos que a cercavam. Esses analistas não contavam ainda com a desaceleração chinesa nem com a tempestade das tempestades: o El Niño, que deve ser intenso este ano. Hoje, é possível dizer que Dilma enfrenta uma tempestade mais que perfeita. Além dos fatores habituais, economia e política, ela terá de se preparar para grandes queimadas no Norte e inundações no Sul do Brasil. Como deputado, trabalhei no tema El Niño em 1998. Não se consegue impedir as consequências do aquecimento do Pacífico Sul. Com alguma preparação adequada é possível atenuá-las. Usando a velha tática petista, quando o El Niño chegar, o governo vai sair gritando: “toma que o filho é teu”. Ela decidiu agora que seu próprio secretario pessoal será