Manchetes do dia

Quarta-feira 9 / 12 / 2015

O Globo
"Governo perde, e comissão terá maioria de oposição"

Sessão da Câmara teve troca de empurrões e até urnas quebradas

Chapa com deputados contrários a Dilma obteve 272 votos contra 199 do grupo governista, num indicativo de que o Planalto não teria hoje folga confortável para conseguir evitar o impeachment no plenário

Numa votação secreta que poderá ser decisiva para os rumos da análise do impeachment da presidente Dilma, a Câmara aprovou ontem, por 272 votos, a chapa de oposição para a Comissão Especial que conduzirá o processo. A chapa governista teve 199 votos, o que sinaliza dificuldades para o governo — para derrotar o impeachment no plenário, Dilma precisará de pelo menos 172 votos. Em sessão marcada por tumulto, empurrões e xingamentos, deputados chegaram a destruir urnas numa tentativa de interromper a votação secreta, determinada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha. Com o resultado, a estimativa é que 60% dos integrantes da comissão, que será completada hoje, sejam favoráveis ao afastamento da presidente. O Palácio do Planalto adotou a cautela depois da votação, mas o ministro Luis Inácio Adams, da AGU, reconheceu que Cunha conseguiu o que queria: “Houve um round, com demonstração de força de Cunha, liderando a oposição”, disse ele. 
 


Folha de S.Paulo
"Oposição vence disputa por comissão do impeachment"

Governo espera que STF anule votação que representou revés para Dilma

Dilma Rousseff sofreu seu primeiro revés na tramitação do pedido de impeachment no Congresso. Por 272 votos a 199, a Câmara elegeu para avaliar o caso comissão especial cuja composição é majoritariamente favorável à deposição da petista. A chapa oposicionista eleita pelo plenário tem 39 deputados. Faltam 26 das 65 vagas no colegiado, a serem definidas hoje por indicação dos partidos derrotados, entre eles o PT. Os governistas indicaram uma chapa com 47 nomes, mas perderam. O Planalto espera que o STF anule a votação. Aguardará julgamento do ministro Luiz Fachin de ação do PCdo B que questiona a votação secreta e o lançamento de chapa oposicionista. Se o resultado for desfavorável, armará uma ofensiva jurídica. De acordo com o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), o resultado não reflete o apoio atual da Casa à presidente. Já o oposicionista Paulinho da Força (SDD-SP) afirmou que o resultado exprime “o sentimento de ‘fora, Dilma’”. A sessão, tensa e confusa, teve quebra de urnas e embate físico entre políticos. Com a definição dos membros que faltam, a comissão pode ser instalada amanhã. Se o STF não intervier, presidente e relator devem ser contrários a Dilma.  

O Estado de S.Paulo
"Câmara derrota governo; STF trava impeachment"

Em sessão tumultuada, oposição vence e terá maioria na comissão que analisa pedido de impedimento de Dilma. Houve agressões e urnas quebradas, Ministro do STF suspende instalação da comissão até dia 16

O governo foi derrotado ontem na Câmara na primeira batalha do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em sessão marcada por empurrões, gritos, xingamentos e até urnas quebradas, a chapa de oposição venceu por 272 votos a 199 e conquistou maioria na Comissão Especial que decidirá se o processo contra Dilma continuará ou será arquivado. No final da noite, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal ( STF), decidiu suspender a instalação da comissão, que deveria ocorrer hoje. Também determinou que os trabalhos sejam interrompidos até que o plenário do Supremo analise o caso na próxima quarta-feira. Caberá à Corte avaliar se os atos já praticados – como a votação secreta da chapa – são ou não válidos. Segundo Fachin, o objetivo da decisão é evitar realização de atos que posteriormente venham a ser anulados pelo Tribunal. A decisão atendeu a recurso do PC do B, partido que compõe a base aliada a Dilma. Deputados governistas comemoraram. Horas antes, líderes do governo haviam atribuído a derrota na Câmara a manobras do presidente da Casa, Eduardo Cunha. 
           

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