Manchetes do dia

Sexta-feira 4 / 12 / 2015

O Globo
"Dilma quer pressa para evitar julgamento em cenário pior"

Planalto defende suspensão de recesso parlamentar; oposição fica contra

Governo, que precisa de 172 votos na Câmara, tenta evitar que pressão das ruas aumente com agravamento da crise econômica; partidos aliados recorrem ao STF questionando legitimidade de Cunha para conduzir processo
Com a criação da Comissão Especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma na Câmara, o governo mobilizou ontem ministros e parlamentares aliados para tentar apressar a votação do processo. O temor do Planalto é que, com mais tempo e a espera da piorado cenário econômico, a popularidade da presidente caia ainda mais, a crise se agrave e as manifestações de rua voltem com força. Ministros e o ex-presidente Lula pediram que o Congresso suspenda o recesso, que deveria começar dia 22, para agilizar o processo. A oposição, porém, não tem pressa porque conta com a “tempestade perfeita”, que inclui cenário econômico ainda mais adverso, para fragilizar Dilma. Para sepultar o impeachment no plenário, a presidente precisará de 172 dos 513 votos da Câmara. Ontem, 17 líderes dos maiores partidos da Casa, ouvidos pelo GLOBO, calcularam que Dilma teria hoje ao menos 258 votos a seu favor. O PT e o PCdoB re correram ao STF questionando a legitimidade do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para conduzir o processo.

Folha de S.Paulo
"Planalto quer apressar o rito do impeachment"

Governo acredita ter mais chance de vitória com votação rápida

O Planalto tentará apressar o desfecho do processo de impeachment da presidente Dilma. O objetivo de adiantar a votação é manter vivo o discurso de que a aceitação do pedido foi um revide de Eduardo Cunha. O presidente da Câmara acatou a solicitação de deposição no dia em que perdeu apoio do PT na ação que pede sua cassação. Dilmistas querem que o Congresso adie o recesso, previsto para começar no dia 23. Ontem, o ministro Jacques Wagner (Defesa) rebateu Cunha, que disse que Dilma “mentiu à nação” ao negar que tenha negociado troca de favores com o Congresso. Wagner afirmou que quem mente é o deputado. O mercado reagiu positivamente à possibilidade de impeachment. Nesta quinta-feira (3), o dólar caiu 2,24%, para R$3,7 49, e a Bolsa subiu 3,29%. 

O Estado de S.Paulo
"Planalto se arma contra impeachment; oposição quer decisão só em 2016"

Governo trabalha para suspender recesso de fim de ano no Congresso e acelerar trâmite do processo Aliados de Cunha querem ganhar tempo para buscar apoio de movimentos contra a presidente Ações contra a abertura de ação de impedimento são protocoladas no STF

O Planalto pediu apoio de ministros, governadores, sindicatos e movimentos sociais contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff,iniciado formalmente ontem na Câmara. Entre as estratégias estão afirmar que a “ação foi por vingança de Eduardo Cunha” e acelerar o trâmite do processo. O governo articula para que o Congresso suspenda o recesso parlamentar de fim de ano para votar o impeachment. A oposição é contra. “Vamos para o enfrentamento. Está chegando ao fim a estratégia de não deixar o governo governar”, afirmou Dilma. Oposição e aliados de Cunha querem ganhar tempo para desgastá-la e buscar apoio nos movimentos pró-impeachment, que anunciaram protestos. Cunha reagiu ao pronunciamento de anteontem de Dilma e acusou a presidente de “mentir à Nação”. Segundo ele, a petista queria “barganhar” apoio no Conselho de Ética com a CPMF. O ministro Jaques Wagner rebateu. O PCdoB entrou com ação no Supremo questionando a abertura do processo de impeachment. Ela ainda será analisada. Outras duas ações já foram rejeitadas. 
           

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