Manchetes do dia

Segunda-feira 28 / 12 / 2015

O Globo
"Corte de cargos só chegou a 11% do anunciado por Dilma"

Eliminação de secretarias e redução de salários também ficaram no papel

Necessidade de oferecer mais postos a partidos aliados em troca de apoio na Câmara, em meio ao processo de impeachment, emperrou a reforma anunciada como parte do ajuste para cobrir o déficit no Orçamento

Três meses após a presidente Dilma anunciar uma reforma que previa o corte de 3 mil cargos de confiança, a extinção de 30 secretarias especiais e uma economia anual de R$ 200 milhões, quase nada saiu do papel, nem mesmo a redução dos salários dela, do vice Michel Temer e dos ministros, informam Simone Iglesias e Martha Beck. O corte de gastos com pessoal foi um dos pontos do pacote anunciado por Dilma para cobrir o déficit de R$ 30,5 bilhões previsto no Orçamento de 2016. Dos 3 mil cargos, só 346 foram cortados.

Das 30 secretarias, só sete deixaram de existir. Após o anúncio do enxugamento, Dilma teve de dar mais cargos a aliados em troca de apoio contra o impeachment.

Folha de S.Paulo
"Um quarto dos médicos não atende conveniado"

Defasagem no valor das consultas é uma das razões, diz relatório da USP

Pela primeira vez o relatório Demografia Médica mostra que 25% dos médicos brasileiros que atendem em consultórios não aceitam planos de saúde, informa Cláudia Collucci. O levantamento é feito pela Faculdade de Medicina da USP com apoio dos conselhos federal e paulista de medicina.

Nesta última década, especialistas passaram a se concentrar mais em consultórios que no sistema público para atender pacientes de convênios, diz o relatório. Mas muitos acabaram deixando os planos e ficando só com os particulares.

Uma das razões para isso é a defasagem no preço da consulta. O valor médio pago pelos planos gira em torno de R$ 60. Em consultórios de São Paulo, os preços variam de R$ 200 a R$ 1.500.

Os 75% de médicos que ainda aceitam planos reservam cada vez menos espaço na agenda para pacientes conveniados, diz o professor da USP Mario Scheffer, coordenador do relatório.

Além da remuneração, fatores que explicam a tendência são ausência de burocracia, menor número de pacientes para atender e falhas no sistema público.    

O Estado de S.Paulo
"Governo ‘terceiriza’ gastos do Minha Casa e do Pronatec"

FGTS passará a bancar 90% do programa habitacional em 2016; plano no ensino técnico é usar recursos que seriam transferidos ao Sistema S

As duas principais vitrines eleitorais do governo Dilma Rousseff deixarão de ser custeadas totalmente com recursos do Tesouro. No Minha Casa Minha Vida, 90% das receitas previstas para o ano que vem deverão vir do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),formado com os 8% descontados mensalmente dos salários de trabalhadores com carteira assinada. “Agora quem paga esse programa são os trabalhadores brasileiros. Isso tem de ficar claro para a população”, diz Luigi Nese, representante da Confederação Nacional de Serviços no Conselho Curador do FGTS. No caso do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), a promessa eleitoral de abrir 12 milhões de vagas foi reduzida para 5 milhões. As receitas também caíram – de R$ 4 bilhões neste ano para R$ 1,6 bilhão em 2016. Agora, o governo estuda cortar de 20% a30% das transferências ao Sistema S, que reúne Sesi, Senai, Senac e Sebrae, para usar no Pronatec. A redução das alíquotas pagas pelas empresas ao sistema – que variam de 0,2% a 2,5% - deve implicar perda de cerca de R$ 5 bilhões às entidades.      
           

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu