Manchetes do dia

Quarta-feira 23 / 09 / 2015

O Globo
"Governo muda estratégia e aposta na manutenção de vetos"

Crise e dólar nas alturas levam Planalto a apelar até à oposição

Presidente Dilma e ministros passaram o dia pressionando líderes aliados, e Levy pediu apoio aos tucanos Aécio Neves e José Serra; PMDB recebeu oferta de dois novos ministérios, inclusive o da Saúde

No dia em que o dólar atingiu patamar histórico, o governo mudou a estratégia anunciada na véspera e jogou todas as fichas para tentar garantir a manutenção de vetos a projetos que elevariam ainda mais os gastos públicos. A presidente Dilma e ministros pressionaram aliados e, por telefone, falaram com líderes da oposição em busca de apoio. O ministro Joaquim Levy (Fazenda) ligou para o presidente do PSDB, Aécio Neves, e o também tucano José Serra pedindo colaboração. Entre os projetos vetados está o que dá aumento de até 78% ao Judiciário e o que amplia a todos os aposentados do INSS as regras de reajuste do mínimo. Para agradar ao PMDB, Dilma ofereceu os ministérios da Saúde e de Infraestrutura. 


Folha de S.Paulo
"Crise leva dólar a R$ 4,05, maior valor da era do real"

Governo estima recessão maior que a prevista, mas prevê alta da arrecadação

Os conturbados cenários político e econômico causaram nova disparada do dólar, que rompeu, pela primeira vez na história do real, a barreira dos R$ 4. Fechou a R$ 4,05. A elevação da moeda americana tende a pressionar a inflação. Para economistas, as incertezas intensificaram a cautela de investidores e ampliaram o risco de rebaixamento da nota de crédito. A agência de risco Standard&Poors já tirou do país o selo de bom pagador da dívida. Moody’s e Fitch mantêm o grau de investimento, porém o governo foi avisado de que também será rebaixado por elas se não der sinais concretos de que aprovará o novo pacote fiscal. Apesar de já reconhecer uma recessão maior que a prevista, a equipe econômica fez projeções otimistas de receita para garantir o cumprimento da meta fiscal em 2015 — os cálculos estão bem acima dos do mercado. Com a decisão, o governo se desobriga de promover nova redução de gastos. O Orçamento já teve corte de R$ 78,6 bilhões neste ano. A equipe econômica atribui a alta da arrecadação esperada para a Previdência (R$ 4,1 bilhões) à expectativa de menos gastos com benefícios até julho — o número de concessões caiu em razão da greve de funcionários do INSS.


O Estado de S.Paulo
"Dólar atinge R$ 4,05, maior cotação da história do real"

Crise política e medo de novo rebaixamento motivam alta; escalada complica situação de empresas endividadasO dólar subiu ontem 1,84% e atingiu R$ 4,050, a cotação mais alta da história do real, lançado em 1° de julho de 1994. A disparada foi influenciada pela turbulência política e pelo receio de que o Brasil volte a ser rebaixado por agência de classificação de risco. Preocupada com a alta, a presidente Dilma Rousseff montou operação para tentar emitir sinais de austeridade ao mercado e pediu ajuda ao Congresso. Apenas em 2015, a moeda americana subiu 52,54% em relação ao real. Com a desvalorização dos últimos 12 meses, a moeda brasileira só perde para o rublo russo. A expectativa de especialistas é de que a cotação continue a aumentar, complicando a situação de empresas com dívidas em moeda estrangeira. A disparada do dólar agravou ainda mais a situação financeira da Petrobrás. Desde junho, a estatal já contabilizou uma alta de cerca de R$ 100 bilhões nas dívidas em moeda estrangeira, de acordo com estimativas feitas pela consultoria Economática.  

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