Manchetes do dia

Sábado 20 / 06 / 2015

O Globo
"Lava-Jato chega no topo das empreiteiras"

Presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez são presos pela PF

Procuradores dizem ter provas de que executivos das duas maiores construtoras do país sabiam do esquema de propina em troca de contratos. Pagamentos, em contas secretas no exterior, são estimados em R$ 720 milhões

A Lava-Jato prendeu ontem os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, as duas maiores construtoras do país. Outros dez executivos também foram presos e levados para Curitiba, na 14a fase da operação, batizada de Erga Omnes, termo em latim usado para dizer que a lei vale para todos. Eles são suspeitos de envolvimento no pagamento de R$ 720 milhões em propina em troca de contratos, não só com a Petrobras. Para os procuradores, que grampearam e-mails e dizem ter provas de pagamentos em contas secretas na Suíça, os acusados sabiam do esquema de corrupção. Informações de delatores, entre eles o ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini, também embasaram as prisões. O juiz Sérgio Moro determinou o bloqueio de até R$ 20 milhões de cada executivo. As empresas negam as acusações.

Folha de S.Paulo
"PF prende presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez na Lava Jato"

- EXECUTIVOS DAS MAIORES EMPREITEIRAS BRASILEIRAS SÃO ACUSADOS DE CORRUPÇÃO NA PETROBRAS
- PARA PROCURADORES, ELES SABIAM DE TUDO
- ENVOLVIDOS NEGAM CRIMES

Na 14a etapa da Lava Jato, que apura corrupção na Petrobras, a Polícia Federal prendeu ontem os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, 46, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, 63, e mais dez executivos e operadores acusados de ligação com o esquema. Odebrecht comanda a maior empreiteira do Brasil, e Azevedo, a segunda maior. Detidos em São Paulo, eles foram transferidos para a sede da PF em Curitiba.

A polícia diz que documentos comprovam a atuação deles nas negociações que levaram à formação de cartel e ao direcionamento de licitações na estatal. Segundo delações premiadas, a propina paga pelas duas empreiteiras a dirigentes da Petrobras e operadores de partidos políticos alcançaria aproximadamente RS 106 milhões. Para procuradores, os executivos sabiam “de tudo o que acontecia”. Os acusados negam os crimes.

Evitar interferência nas investigações e “interromper o ciclo delitivo” foram as justificativas do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Lava Jato, para as detenções dos executivos. Ele também ordenou bloqueio de contas dos presos, em até R$ 20 milhões, “para privá-los do produto das atividades criminosas”. As prisões preocupam o PT devido à proximidade do ex-presidente Lula com a Odebrecht.

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