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Mostrando postagens de novembro 23, 2014

Tem um pote de ouro...

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Coluna do Celsinho

Palavras e origens Celso de Almeida Jr. Gabriel Perissé, mestre em Literatura Brasileira e doutor em Filosofia da Educação, é autor de vários livros. Um, em especial, Palavras e origens, visito com frequencia. Publicado pela Editora Saraiva, trata-se de uma coletânea de curiosidades etimológicas, revelando as origens de diversas palavras de nosso cotidiano. A bela apresentação é de Jean Lauand, Professor Titular da Faculdade de Educação da USP. Nela, Lauand revela gratidão a Perissé por nos conduzir "ao frescor da força viva com que a palavra surgiu" e "por dar-nos este remédio dos deuses para a doença tipicamente humana: o esquecimento!" Perissé sinaliza: "Ler bem é ouvir o que as palavras nos dizem". E, de forma lúdica, seleciona centenas de palavras, tornando agradável e leve este aprendizado. Como exemplo - adequado para a ocasião - trago sua explicação para FIM DO ANO LETIVO: "O que termina com o ano letivo? Letivo provém do v

Dominique

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Opinião

Joaquim 2º (ou A Capitulação) Alexandre Schwartsman Já houve um ministro da Fazenda com o mesmo nome no período republicano (Joaquim Murtinho, o responsável pela estabilização da economia depois do Encilhamento), mas a numeração aqui não se refere a isso, e sim ao fato de Joaquim Levy ter sido a segunda opção da presidente após a constrangedora recusa de Luiz Carlos Trabuco na semana passada. Obviamente não me escapa (nem a ninguém) a deliciosa ironia de a presidente que demonizou banqueiros durante sua campanha -ladrões de comida de criancinhas, lembram-se?- não apenas chamar um deles para gerir a economia mas também, depois de rejeitada, insistir no tema (e na instituição financeira!) para atrair para seu governo um economista identificado com precisamente o oposto do que praticou (e pregou) nos últimos quatro anos. Trata-se, sujeito ainda a algumas considerações, de reconhecimento explícito do fracasso épico da "nova matriz macroeconômica". A combinação de frouxidão

U.V.

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Manchetes do dia

Sábado , 29/ 11 / 2014 O Globo " PIB sobe só 0,1%, e país sai da recessão técnica" Em queda, PIB reagiu e entre julho e outubro cresceu 0,1% A indústria e os investimentos puxaram a recuperação, com alta de 1,7% e 1,3%. A agropecuária porém teve perda de 1,9% por causa da seca. O consumo das famílias caiu 0,3%. Na comparação com 34 países que já divulgaram seus resultados, o Brasil só não cresceu menos que a Ucrânia, Japão e Itália no 3º trimestre. Com a economia fraca, ficará mais difícil o ajuste fiscal prometido pela nova equipe econômica. No acumulado de 12 meses até outubro, o superávit foi só de 0,56% do PIB. Folha de S. Paulo " Consumo das famílias vai mal, e PIB cresce só 0,1%" Resultado tira país de recessão técnica, mas indica estagnação às vésperas de cortes de gastos públicos Às vésperas da implantação de um programa de redução de gastos públicos, o PIB (Produto Interno Bruto, soma de riquezas do país) mostra estagnação, com alta de somente

Pitacos do Zé

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Educação e Cidadania José Ronaldo Santos Ninguém discorda que a educação melhora a vida em sociedade. Todos os aspectos, desde a questão do lixo até a política, deveriam passar pelo sistema educacional. Só assim teremos novas mentalidades, inclusive nas famílias (atuais e futuras). É urgente que haja a transformação de mentalidades e práticas, caso contrário de nada bastarão as leis. Mesmo apresentando um quadro escolar feio (13% de analfabetos e 35% de analfabetos funcionais), o Brasil é capaz de despertar, de valorizar as boas práticas. Neste dia, 28/11/2014, um grupo de alunos do 1º ano do ensino médio, da E.E. Florentina Martins Sanches, sob o incentivo da professora Sandra Begotti, no bairro do Perequê-mirim (Ubatuba-SP), numa parceria com a associação de moradores, estará em mutirão de limpeza do rio e entorno, indo do sertão até a praia. Desde já parabenizamos a todos. Esperamos  que, nos próximos anos, mais escolas aperfeiçoem a cidadania partindo de gestos bem concre

Dominique

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Opinião

Agronegócio e a morte da Amazônia Leão Serva É comum ver nos discursos de empresários e políticos o pensamento ufanista sobre as maravilhas de nosso agronegócio, dizendo que a produção brasileira "alimenta o mundo" e que nosso gado é "verde". É um discurso que lembra a propaganda do Brasil Grande, de triste memória, e tenta pôr uma grande sujeira para baixo do tapete. Os estrangeiros já sabem: nossa exploração agrícola, soja à frente, já destruiu 4 de cada 10 hectares de cerrado. Nesse ritmo, esse ecossistema estará extinto em 20 anos. Não é à toa, visto que o nosso gado tem a pior produtividade do mundo: uma vaca ocupa, para engordar, um hectare de terra, cada vez mais frequentemente roubado à Amazônia. Com os mesmos metros quadrados, um agricultor europeu produz alimentos nobres e caros, para alimentar e enriquecer seres humanos. Enquanto isso, nossa soja alimenta porcos na China. Se computarmos o dano irreversível ao meio ambiente, bem público que destrói

U.V.

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Manchetes do dia

Sexta-feira , 28/ 11 / 2014 O Globo " Levy anuncia meta fiscal para três anos" Nova equipe econômica promete transparência e ajuste gradual Superávit será de 1,2% do PIB em 2015 e de ao menos 2% em 2016 e 2017, disse novo ministro da Fazenda. Barbosa, do Planejamento, afirmou que vai adequar Orçamento. Tombini, mantido no BC, falou em redução da inflação Ao ser anunciado oficialmente ontem, o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, indicou que mudará a política econômica. Anunciou metas fiscais para os próximos três anos e prometeu transparência nas contas públicas, com ajustes graduais, sem pacotes. Futuro ministro do Planejamento, Nelson Barbosa disse que vai adequar o Orçamento à nova política fiscal. Reconduzido ao cargo, Tombini, presidente do BC, prometeu voltar com a inflação para o centro da meta. Levy e Barbosa despacharão no Planalto até a posse, com os atuais ministros Mantega e Míriam Belchior ainda nos cargos. Para a oposição, a presidente Dilma mostra

Dominique

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Opinião

PT apela ao capitalismo, de novo Sérgio Malbergier O governo gastou como se não existisse amanhã, confundindo o futuro do Brasil com o futuro do governo. Mas quanto mais gastou, menos o país cresceu, menos o governo arrecadou. O país voltou ao fundo do poço com estagnação, inflação, fragilidades externas e agora o constrangedor calote da meta fiscal seguido pelo casuísmo tramitando no Congresso para legalizá-lo. O fracasso retumbante, se não esclareceu quem não quer ser esclarecido, ao menos expôs o capitalismo de Estado, ou, na versão nacional, o desenvolvimentismo em toda a sua debilidade. A crise do capitalismo no final da década passada ressuscitou o ímpeto estatista principalmente nas economias emergentes. Deu no que deu. O ex-presidente americano Ronald Reagan dizia, como lembrou a revista "Economist", que as nove palavras mais assustadoras da língua inglesa eram "I'm from the government and I'm here to help" –sou do governo e estou aqui para

U.V.

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Manchetes do dia

Quinta-feira , 27/ 11 / 2014 O Globo " Derrota do governo adia pacote e posse de ministros" Aliados não conseguem quorum para aprovar projeto que altera meta fiscal Escolhas de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e de Nelson Barbosa para o Planejamento serão oficializadas hoje, mas sem data de posse. Os dois, porém, passarão a despachar no Planalto Sem apoio da base aliada e pressionado pela oposição, o governo foi derrotado no Congresso ao não conseguir votar ontem o projeto que altera a meta de superávit fixada para este ano. Houve violentos bate-bocas, e a sessão foi suspensa por falta de quorum. A derrota irritou o Planalto, que esperava anunciar hoje a nova equipe econômica já com a mudança aprovada. Com isso, os futuros ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, serão confirmados oficialmente , mas sem data de posse, e falarão apenas das diretrizes para 2015, sem detalhar medidas. Folha de S. Paulo " Justiça autoriza Ha

Pitacos do Zé

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Lixo José Ronaldo Santos A imagem, num rio não tão distante da minha casa, mas que se repete em qualquer outro, é uma mostra de quanto ainda temos para crescer na educação. Todo esse lixo está apenas esperando uma forte chuva para ir rio abaixo e chegar na praia de Iperoig. É mole? Twitter

Dominique

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Opinião

Governo novo, ideias velhas Ricardo Melo Nem no seu nascimento o PT se pretendia um partido revolucionário, na acepção clássica do termo. Nem sequer reformista, nos moldes da social democracia do século passado. No máximo poderia ser caracterizado como um partido reformador. Espaço existia, como prova a história: num país com desigualdades tão acentuadas como o Brasil, uma legenda reivindicando ser porta-voz dos trabalhadores e tendo em seu programa a luta, mesmo genérica, contra abismos sociais, conseguiu a proeza de emplacar quatro mandatos seguidos na direção do Planalto. Mas a fórmula não é eterna. Impossível escapar. A política de agradar a Deus e ao Diabo encontra seus limites no sistema capitalista –embora no Brasil nem tarefas democráticas básicas, como a reforma agrária, ainda tenham sido cumpridas. Mesmo com todas estas condicionantes, o triunvirato econômico que se dá como fechado para o próximo governo extrapola os limites da moderação. Na fase final da campanha, D

U.V.

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Quarta-feira , 26 / 11 / 2014 O Globo " Levy deverá assumir logo para iniciar corte de gastos" Anúncio de novo ministro da Fazenda está previsto para amanhã Nelson Barbosa, escolhido para o Planejamento , também será empossado na sexta. Governo estuda fixar limite para o aumento de despesas a fim de mostrar compromisso com ajuste fiscal de longo prazo A presidente Dilma deve anunciar amanhã os novos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, que passaram a tarde ontem reunidos com ela. Ambos assumirão os cargos na sexta-feira, para iniciar logo um ajuste fiscal. O governo estuda fixar um limite para o aumento dos gastos correntes. Essa proposta chegou a ser defendida pela equipe econômica do primeiro mandato de Lula, mas, na ocasião, foi criticada por Dilma. Folha de S. Paulo " Governo prepara volta de tributo de combustíveis" Cobrança da Cide, que vigorou até 2012, integra pacote fiscal em elaboração O pacote fiscal do go

Pitacos do Zé

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Nossas tradições José Ronaldo dos Santos Agora mesmo, no último domingo, fui à Praia da Barra Seca para rever os amigos caiçaras e assistir a uma regata de canoas. Que belas canoas! A acolhida, preparada pelos moradores, era um legítimo café caiçara incrementado. As pessoas se empenharam na diversidade (frutas, bananas, batata doce cozida, bolos...). No cerimonial, logo que pisei na areia, encontrei o Élvio, o narrador oficial dessas provas mestre da dança-da-fita do Itaguá. As “feras do remo”, inclusive os veteranos, estavam ansiosos: Higino, Carneirinho, Nélio, Neco, Paulo e tantas outras feições familiares. Rapidamente, os poucos turistas também se aculturaram. De outras praias vieram outros remadores com muita disposição de mostrar seus talentos. Afinal, era uma genuína confraternização. Estevan, meu filho, mesmo tendo de pedalar muito, adorou esse dia. O mar da Barra Seca, na regular calmaria, deixava em evidência o “peito de areia”, onde uma arrebentação distante most

Dominique

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Opinião

Um projeto de extorsão contra a patuleia Elio Gaspari Dois diretores de empreiteiras disseram à Justiça que foram extorquidos pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e seu operador financeiro, Alberto Youssef. Se não pagassem, teriam seus contratos prejudicados ou até mesmo cancelados. A tese é engenhosa. Pressupõe que empresas angelicais que fazem negócios com a Petrobras tornaram-se vítimas de dois demônios. Para que a pizza fosse ao forno, faltaria só o orégano. A primeira denúncia da extorsão veio de Sérgio Mendes, vice-presidente e herdeiro da tradicional Mendes Junior, fundada em 1953 por seu avô. Ele contou que em 2011, a mando de Paulinho, pagou R$ 8 milhões a Youssef. Se não fizesse isso, estariam fechadas as portas e os guichês da Petrobrás. A Mendes Junior opera com o governo brasileiro há três gerações e com a Petrobras há pelo menos duas. Teve negócios bilionários (em dólares) com a cleptocracia de Saddam Hussein no Iraque. Admita-se que jamais molhou mãos al

U.V.

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Terça-feira , 25 / 11 / 2014 O Globo " Corrupção na Petrobras teve até recibo de propina" Notas fiscais provam que empreiteira pagou R$ 8,8 milhões a operador do esquema Dinheiro foi entregue ao empresário Shinko Nakandakari, novo personagem do escândalo. Segundo a PF , ele é ligado a Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal acusado de operação criminosa para políticos do PT A empreiteira Galvão Engenharia apresentou à Polícia Federal uma série de notas fiscais que, segundo a empresa, comprovam o pagamento de propinas no valor total de R$ 8,8 milhões à Diretoria de Serviços da Petrobras, ligada ao PT. Pelos recibos, os pagamentos foram feitos entre 2010 e 2014 à empresa de consultoria de Shinko Nakandakari, braço-direito de Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal, acusado de operar o esquema junto a políticos petistas. O repasse mais recente é de 25 de junho deste ano, dois meses após a Operação Lava-Jato ter sido deflagrada pela PF. Os depósitos varia

Dominique

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Opinião

Nonsense Ferreira Gullar Tenho escrito muito sobre política, aqui, neste meu espaço, quando poderia estar falando de outros assuntos mais agradáveis. Sucede, no entanto, que são tantos os fatos ocorridos ultimamente, envolvendo os interesses dos cidadãos, que me sinto obrigado a comentá-los. Como já se previa, Dilma, depois de reeleita, arcaria com a herança maldita que ela própria criou. Durante a campanha eleitoral, essa questão foi levantada durante os debates, mas ela negava que houvesse qualquer problema maior a ser enfrentado, pois tudo o que diziam era mera invenção. Todos, sobretudo ela, sabiam que não era, e a prova disso é que ainda não começou o seu segundo mandato, e a encrenca já está aí escancarada. Na crônica anterior, me referi à derrota que ela sofreu na Câmara ao propor a criação de conselhos populares e ao aumento da taxa Selic que, durante a campanha, ela afirmava que não aumentaria. Houve aumento da gasolina e do óleo diesel, da energia elétrica e outros vir

U.V.

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Segunda-feira , 24 / 11 / 2014 O Globo " EUA ameaçam com cadeia envolvidos em corrupção" Governo americano aperta cerco a executivos ligados a esquemas ilícitos Procuradora que investiga casos como o da estatal diz que ‘perspectiva de prisão é muito real’ As autoridades americanas estão empenhadas em prender executivos de empresas estrangeiras envolvidas em escândalos de corrupção e que tenham ativos ou ações em Bolsa nos EUA, caso da Petrobras. O alerta foi dado pela procuradora-geral assistente do Departamento de Justiça, Leslie Caldwell. “Se eles participam de atos de corrupção, terão perspectiva muito real de ir para a prisão”, disse, sem citar uma investigação em particular. Cresceu nos EUA a pressão para que, além de empresas, altos funcionários sejam punidos. Nos últimos cinco anos, 50 pessoas sofreram processos desse tipo, metade delas em 2013. Folha de S. Paulo " Empreiteiro deu propina de R$ 5 mi para operador" O pagamento seria entregue à di

Dominique

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Opinião

Macunadilma Gabeira Dois dias depois do Juízo Final, fui nadar como de costume. Um grupo de torcedores do Flamengo desceu do ônibus e bloqueou o passeio. Eram do Espírito Santo, vieram num ônibus especial. Um deles me olhou com raiva e disse que eu tinha cara de vascaíno. Ele vestia uma camisa vermelha e preta com o símbolo da Alemanha. Um alemão me aporrinhando, pensei, e deixei para cuidar disso, como faço com toda irritação matinal, depois dos 400 metros na água. A ideia da divisão emergiu na minha cabeça. Estamos divididos. O olhar que me lançou era um olhar de desdém ao vascaíno. O outro dele era o vascaíno com uma série de defeitos que se atribui a ele. Eu mesmo, ao pensar num alemão, no sentido em que se usa nos morros do Rio, fortalecia a ideia de divisão, entre mim e o outro, nós e eles. Passamos por uma campanha eleitoral pesada. O outro do petista era o tucano e vice-versa. Todos falamos em superar a divisão, depois de outubro, e achar saídas para os grandes problemas n

U.V.

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Domingo , 23 / 11 / 2014 O Globo " Escândalos em série - Fundos de pensão também têm clube para negócios suspeitos" Interferência política direciona investimentos de entidades em negócios duvidosos que geram prejuízos milionários O esquema de aparelhamento político — que alimentou a rede de corrupção na Petrobras envolvendo empreiteiras — também tem levado fundos de pensão de estatais a investirem em negócios suspeitos, informam Alexandre Rodrigues e Daniel Biasetto. Assim como as empresas investigadas na Operação Lava-Jato são acusadas de formar um cartel, funcionários e segurados dessas fundações de previdência denunciam a existência de um grupo, apelidado de "Clube do Amém" composto por dirigentes de entidades indicados por partidos. Eles recebem orientações para investir nos mesmos negócios duvidosos, que com frequência levam a prejuízos milionários. Folha de S. Paulo " Rombo de R$ 100 bilhões desafiará novos ministros" Para recuperar credi