Coluna do Celsinho

Piloto

Celso de Almeida Jr.

Para o bem da humanidade não me formei psicólogo.

Em verdade, vibro mais com as exatas.

O problema, penso, está no exagerado senso de humor que carrego.

Não resisto a uma abordagem que torne mais suave as situações do cotidiano.

O perigo é a inconveniência da atitude

Aquela manifestação inadequada na hora errada.

Nestes assuntos, só a sensibilidade conta.

Mas, como num vício, arriscar numa brincadeira excita, dá prazer.

Nesta semana, num voo de Brasília a Guarulhos, uma estudante de medicina sofria com medo de avião.

Já voara muitas vezes, mas a decolagem, as turbulências e o pouso provocavam os maiores desconfortos naquela jovem passageira.

Em cruzeiro, um comissário de voo procurava tranquilizá-la, explicando o nível de segurança que a aviação atingiu.

Nesta hora, olhei no crachá do outro comissário, notando algo inusitado.

Seu sobrenome era Piloto.

Pois é...

Não resisti.

Entrei na conversa e disse:

_ Admiro o seu esforço em procurar confortá-la, mas imagine quando ela souber que o Piloto é este aí!!! - apontando para o colega.

A moça arregalou os olhos e o comissário Piloto emendou:

_ Não se preocupe. Deixei na cabine de comando o meu Pastor Alemão.

Gargalhada geral.

Passageira aliviada.

Piloto excelente.

Confirmou, confortando-me, que o bom humor está no ar...

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