Coluna do Celsinho

Conceição

Celso de Almeida Jr.

Nas noites quentes, janela aberta, ouvi a barulheira.

Rua Conceição.

Caminho natural da avenida Iperoig rumo ao trevo com a estátua do pescador.

De lá, para as rodovias.

É da Conceição que parte a ambulância do SAMU, salvadora.

As viaturas da PM, valentes, conhecem bem este asfalto.

Mas...

Os carros equipados com som estridente, também.

Nas madrugadas deste carnaval, diversos deles marcaram presença.

Resignado, encarei o funk temperado com letras indecentes.

A saraivada de palavrões, jorrada por vozes juvenis, também me alcançou.

Garrafas contra as calçadas despertaram - todas as noites - meu sono atordoado.

Olhos no teto, mergulhado na cama, imaginava o sucesso que faria um bafômetro estrategicamente posicionado no cruzamento com a Rio Grande do Sul.

O declínio cultural é universal.

Mas senti-lo tão próximo deprime.

Merecemos nova concepção...

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