Coluna do Celsinho

Chatô

Celso de Almeida Jr.

Demorei vinte anos para encarar um livro.

Quando ele foi lançado, em 1994, me entusiasmei com o tema.

Mas, aos 28 anos de idade, com mil coisas na cabeça, declinei ao constatar o número de páginas: mais de 700.

De lá para cá, quando eu entrava na Biblioteca do Colégio Dominique, a Hans Staden, lá estava ele, quieto, numa edição especial em capa dura vermelha.

Vez ou outra sumia, emprestado por alguém, mas voltava resignado, me esperando...

Duas décadas pra tomar coragem.

Nos primeiros dias de 2014, cumprindo uma das promessas de réveillon, fui a prateleira e peguei Chatô, o Rei do Brasil, de Fernando Morais.

A biografia de Assis Chateaubriand, que fundou os Diários Associados, um império de jornais, revistas, além de emissoras de rádios e televisão, retrata a trajetória do jornalista, político, empresário e mecenas, de comportamento extremamente controverso, com passagens divertidíssimas.

O texto magnífico de Fernando Morais, claro e vibrante, prende a atenção da primeira à última página desta obra que conta também com farto material fotográfico e documental.

Contribui, ainda, para acompanhar uma época fascinante da vida brasileira: dos primeiros anos do século XX até a década de 1960.

Prezado leitor, querida leitora!

Lamentei não ter mergulhado nesta empolgante leitura na primeira hora, anos e anos atrás.

Paciência...

Vale como alerta para não desperdiçar oportunidades.

Talento, aliás, que Chatô tinha de sobra.

Visite: www.letrasdocelso.blogspot.com

Twitter

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu