Coluna do Celsinho

Bovarismo

Celso de Almeida Jr.

Madame Bovary, de Gustave Flaubert, publicada em 1857, é leitura indicada às novas gerações.

A obra, que impactou a França do século XIX, revela, através da personagem central, Ema Bovary, os desdobramentos de uma vida atordoada pela constante busca da felicidade.

Felicidade...

Satisfação...

Madame Bovary encontrou no adultério um caminho para tentar alcançá-las.

Dívidas, também, permearam a sua busca.

Seu final trágico, em suicídio, toca o leitor sensível, que consegue compreendê-la.

Flaubert, talentoso, através de personagens marcantes, faz uma contundente crítica às convenções de seu tempo.

Visionário, atinge-nos, apesar dos mais de 150 anos que nos separam de sua obra prima.

Hoje, na busca da felicidade permanente, das sensações intensas, também não rompemos limites?

Na ânsia da conquista de bens de consumo; no desejo incessante de nos ajustarmos aos padrões de beleza; na realização de ambições diversas, o que temos colhido?

Felicidade permanente ou angústia constante?

Aprender a controlar desejos, compreender a distância entre as aspirações e as reais possibilidades, são passos importantes para uma vida serena.

Não deixar que os sonhos mais intensos nos conduzam ao abismo é lição de casa válida para jovens adultos.

Válida para todos.

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