Coluna do Celsinho

Dez horas

Celso de Almeida Jr.

Domingo passado, do hotel ao aeroporto de Fortaleza, foram 20 minutos.

Quarenta minutos na espera do embarque.

Três horas de voo tranquilo.

Mais vinte minutos do Galeão à um hotel no centro do Rio.

Total entre hotéis das capitais CE-RJ: 4 horas e 20 minutos.

Missão cumprida!

Vamos lá...

Hoje, 15 de novembro, acabo de chegar de São Paulo, precisamente às 6h45m.

Embarquei ontem no terminal rodoviário do Tietê, às 20h45m.

Registro que, na hora anterior, encarei 45 minutos de fila para enfrentar um pão com calabresa.

Ato contínuo, portanto, dez horas num ônibus.

Tudo bem que nas duas viagens eu estava a trabalho.

Também, é claro, devo considerar as diferenças dos transportes utilizados.

Também não devo reclamar do atendimento das meninas da calabresa no Tietê.

Estão treinando pra Copa...

Tá...posso até captar o pensamento do leitor: ora, por que não escolheu outro horário, outro dia?

A mídia avisou durante a semana inteira que a descida pela Tamoios neste feriado deveria ser evitada.

Reitero: esta era a opção possível e necessária!

Aí, pergunto eu:

Durante a mesma semana, véspera, não seria possível que os gestores da estrada planejassem uma operação rodoviária que contribuísse para acelerar a descida?

É correto submeter um motorista de ônibus à dez horas de volante; o dobro do horário normal deste itinerário?

Estivesse eu a lazer - e não a trabalho - pode imaginar que opção eu escolheria para o feriadão?

Devemos engolir, a seco, ações que causam tantos transtornos em nossas vidas?

Deixa prá lá...

Meu cérebro travou.

É melhor eu aproveitar a folga e dar uma cochiladinha.

Bom feriado!

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