Coluna do Celsinho
Tolerância
Celso de Almeida Jr.
O filósofo iluminista francês Voltaire, pseudônimo de François Marie Arouet, foi um consagrado defensor das liberdades individuais.
Uma de suas obras, "Tratado sobre a Tolerância", escrita em 1763, representou um alerta contra a injustiça e continua merecendo uma profunda reflexão.
O livro nasceu baseado na dramática execução, sob tortura, do comerciante protestante Jean Calas, em Toulose, em 1762.
Calas foi injustamente acusado de assassinar o próprio filho, que queria se converter ao catolicismo.
E, acabou condenado por juízes, que se curvaram ao fanatismo popular.
Ao conhecer o caso, Voltaire escreveu sinalizando a importância do respeito aos credos e a liberdade religiosa.
Cada capítulo é um primor e nos provoca com fatos históricos, questionando se faz sentido dizer que a intolerância era praticada na Grécia antiga, em outras localidades, por diversos povos, em variadas épocas, por diferentes religiões.
Sobre isto, destaca testemunhos contra a intolerância religiosa, como este de São Justino:
"Nada é mais contrário a religião do que a violência".
Ou este, de Amelot de La Houssaie:
"Com relação a religião se passa o mesmo que com o amor: uma ordem não tem qualquer efeito; a força, ainda menos; não existem coisas mais independentes que o amor e a crença".
Voltaire, com seu estilo brilhante, ainda chama a atenção de juízes, explicitando os perigosos desdobramentos de decisões equivocadas.
Assim, o impacto de seu "Tratado sobre a Tolerância" contribuiu para inocentar postumamente Jean Calas, em 1765.
Mais uma vez, mostrou que a força do pensamento e a razão contribuem para a tolerância, a lucidez e a permanente busca da correção dos monumentais erros da humanidade.
Visite: www.letrasdocelso.blogspot.com
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Celso de Almeida Jr.
O filósofo iluminista francês Voltaire, pseudônimo de François Marie Arouet, foi um consagrado defensor das liberdades individuais.
Uma de suas obras, "Tratado sobre a Tolerância", escrita em 1763, representou um alerta contra a injustiça e continua merecendo uma profunda reflexão.
O livro nasceu baseado na dramática execução, sob tortura, do comerciante protestante Jean Calas, em Toulose, em 1762.
Calas foi injustamente acusado de assassinar o próprio filho, que queria se converter ao catolicismo.
E, acabou condenado por juízes, que se curvaram ao fanatismo popular.
Ao conhecer o caso, Voltaire escreveu sinalizando a importância do respeito aos credos e a liberdade religiosa.
Cada capítulo é um primor e nos provoca com fatos históricos, questionando se faz sentido dizer que a intolerância era praticada na Grécia antiga, em outras localidades, por diversos povos, em variadas épocas, por diferentes religiões.
Sobre isto, destaca testemunhos contra a intolerância religiosa, como este de São Justino:
"Nada é mais contrário a religião do que a violência".
Ou este, de Amelot de La Houssaie:
"Com relação a religião se passa o mesmo que com o amor: uma ordem não tem qualquer efeito; a força, ainda menos; não existem coisas mais independentes que o amor e a crença".
Voltaire, com seu estilo brilhante, ainda chama a atenção de juízes, explicitando os perigosos desdobramentos de decisões equivocadas.
Assim, o impacto de seu "Tratado sobre a Tolerância" contribuiu para inocentar postumamente Jean Calas, em 1765.
Mais uma vez, mostrou que a força do pensamento e a razão contribuem para a tolerância, a lucidez e a permanente busca da correção dos monumentais erros da humanidade.
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Comentários
A pena de morte só foi abolida na França em 1981.
Quantas pessoas inocentes foram executadas neste periodo?
E por quais motivos?
A abordagem religiosa desse assunto é equivocada e parcial.
Poucos anos depois, dezenas de milhares de pessoas foram mortas, em nome da razão e da liberdade no periodo de terror da revolução francesa.Não entendo como os historiadores acham essas mortes justificaveis.Morte é morte,não importa se foi praticada em nome da razão,da luta politica ou do fundamentalismo religioso.
Voltaire era anti-semita.É mais facil escrever do que praticar a tolerancia`.