Coluna do Celsinho

Nicolau

Celso de Almeida Jr.

Acabo de ler O Segredo de Copérnico, de Jack Repcheck, publicado no Brasil pela Editora Record.

Numa linguagem simples, acessível, voltamos ao tempo de Nicolau Copérnico (1473-1543), responsável por dar inicío a um revolucionário período da astronomia, na conhecida alvorada da era científica.

O pensamento de Copérnico colocou o Sol no centro do sistema, minando o Almagesto, o Grande Compêndio de Ptolomeu, que afirmava ser a Terra o centro do universo.

A diferença de uma teoria para a outra foi de aproximadamente 1400 anos e a irradiação dos conceitos de Nicolau Copérnico só ocorreu graças aos esforços de Joachim Rheticus, grande responsável por convencê-lo a publicar sua obra prima: As revoluções dos orbes celestes.

Um dos 400 exemplares da primeira edição chegou às mãos de Copérnico nas últimas horas antes de seu falecimento, aos 70 anos, em 24 de maio de 1543.

Posteriormente, o sistema proposto por Nicolau Copérnico foi consolidado por três gigantes do pensamento que abriram novos e amplos horizontes: Galileu, Kepler e Newton.

O que teria ocorrido se Rheticus não tivesse surgido na última fase da vida de Copérnico, quando divulgou, com tanta intensidade, a obra do mestre?

Naqueles tempos distantes, quantos gênios como Copérnico podem ter guardado em segredo pensamentos e conceitos extraordinários, sem revelá-los à humanidade?

Nos tempos de hoje, em áreas distintas da ciência, tal conduta ainda poderia ocorrer?

Ao viver numa época em que o conhecimento é compartilhado com tanta intensidade podemos concluir que não há mais espaço para grandes segredos?

Ou, da noite para o dia, poderemos acordar com uma revolucionária descoberta batendo em nossas portas?

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