Brasil, eternamente igual...

Dengue

Sidney Borges
Tá com tudo e não tá prosa! A dengue voltou. Firme, forte e decidida. Precisamos matar os mosquitos, aniquilar o vetor que transmite a moléstia. 

É o que dizem autoridades políticas, militares e eclesiásticas. Eu emendo perguntando: se não der para matar todos, posso capar os machos a golpes de peixeira? César diria: Delenda est Aedes!

Enganar crédulos é o esporte preferido da nação. Todos os anos repete-se a cantilena. E a dengue continua a avançar.

E vai continuar vitoriosa até que as autoridades que controlam a grana enfiem a mão no ervário e financiem a criação da vacina. 

Evitar focos do mosquito é um paliativo. 

Aqui na Ressaca, bairro incrustrado na Mata Atlântica, onde moro, o mosquito não prospera como em outros logradouros. Batráquios, libélulas e outros predadores fazem o controle. A população do bairro, educada, colabora evitando criadouros em casa.

Mas é impossível evitar o contato com outras regiões da cidade e ficar livre da contaminação. 

Volto a afirmar, sem a vacina a dengue não será erradicada. 

Em pleno século XXI temos de conviver com absurdos como o de ter de sair por aí caçando mosquitos. Para que serve a ciência? Sem dinheiro para financiar pesquisas é de pouca utilidade prática.

Criar vacina dá voto?

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