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Quarta-feira, 06 / 03 / 2013

O Globo
"Encruzilhada venezuelana" 

Derrotado pelo câncer, presidente governou por 14 anos; país mergulha agora na incerteza

Nicolás Maduro acusa inimigos de causar o câncer que vitimou Chávez e expulsa adido militar americano; contrariando a Constituição, chanceler anuncia que o vice-presidente irá assumir para convocar eleições. A morte do presidente Hugo Chávez, aos 58 anos, de câncer, foi anunciada ontem por seu vice, Nicolás Maduro, num dia marcado por rumores e teorias conspiratórias, encerrando um ciclo de 14 anos à frente da Venezuela. O fim de Chávez, reeleito para o quarto mandato, que não chegou a assumir, joga a Venezuela numa era de incerteza. Nas ruas, chavistas alternavam o luto silencioso com o Hino Nacional. O governo pôs as Forças Armadas de prontidão. O chanceler Elias Jaua limitou-se a dizer que a Constituição, que prevê eleições em 30 dias, será cumprida. Mas, num sinal de desrespeito, anunciou que o vice Maduro assume para convocar eleições, em vez do presidente da Assembleia, Diosdado Cabello. O opositor Henrique Capriles se solidarizou com a família e pregou unidade. Pouco antes do anúncio da morte, Maduro acusou inimigos de terem causado o câncer do presidente. O corpo será velado na Academia Militar até sexta-feira, quando haverá funeral para chefes de Estado.

 
O Estado de São Paulo
"Morre Chávez e Exército dá apoio ao vice da Venezuela" 

Após 2 anos de luta do presidente contra câncer, venezuelanos vivem fim de uma era; Herdeiro político, Maduro reforçou que o chavismo permanecerá; Governo acusou os EUA pela doença e expulsou diplomatas

Morreu ontem, aos 58 anos, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez Frias, após quase dois anos de luta contra um câncer na região pélvica. A morte foi anunciada pelo vice e herdeiro político, Nicolás Maduro. “Recebemos a informação mais dura e trágica que podemos transmitir ao nosso povo. Morreu nosso comandante Chávez”, disse, em cadeia nacional. Maduro reforçou que o governo chavista permanecerá o mesmo. Ele foi respaldado pelo ministro da Defesa, Diego Molero, que foi à TV dar “total garantia” das Forças Armadas a Maduro e ao presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello. A Constituição prevê eleições 30 dias após a morte do presidente. “Vamos cumprir a Constituição, para o bem da república”, garantiu Molero, sem mencionar eleições. Antes do anúncio da morte de Chávez, Maduro chegou a acusar os Estados Unidos pela doença do presidente e determinou a expulsão dos diplomatas dos EUA em Caracas David Delmonico e Deblin Costal. Após 14 anos de governo, Hugo Chávez adotou o mais radical discurso anti-EUA na América Latina, apesar de continuar a fornecer petróleo para Washington. Projetos sociais garantiram a popularidade necessária para transformá-lo em um campeão das urnas: perdeu somente uma eleição em 15 disputadas. Em pronunciamento, a presidente Dilma Rousseff descreveu Chávez como “amigo do Brasil”.
 
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